Damos hoje início a uma série de textos relacionados com a nossa festa de toiros, festa bem portuguesa, na qual está inserida há muitos anos, mesmo séculos; o toureio a cavalo, os forcados e as sortes da arte de bem pegar, o toiro de lide (tipos de córneas, tipos de sinais de orelhas, capas, pintas e pelagens, divisas e ferros).
Os Cavaleiros surgiram provavelmente na Península Ibérica no Século XVI, dado que no início do século seguinte já apresentaram regras estabelecidas. O uso do rojão (lança aperfeiçoada), permitiu dar às lides maior sentido artístico.
Com o falecimento do Rei Carlos II de Espanha no ano de 1669, e sem ter deixado descendentes diretos, subiu ao trono Duque de Anjou com o nome de Filipe V. Desde muito cedo mostrou que não era aficionado e que era contra os espetáculos taurinos, facto que levou a nobreza espanhola a abandonar as lides taurinas, abrindo assim as portas ao toureio a pé, único permitido ao público.
Em Portugal esta tradição nunca foi interrompida, facto que levou em pleno Século XIX, à realização de dois espetáculos bem definidos.
Assim Espanha foi denominada como a Pátria do Toureio a Pé, e Portugal como a Pátria do Toureio a Cavalo.