O BANDARILHEIRO
O Bandarilheiro que muitas vezes é tratado por algumas pessoas como Subalterno, é um elemento muito importante na quadrilha de um cavaleiro, matador ou novilheiro, sem os quais não poderia ter lugar a realização de corridas de toiros.
Muitos dos bandarilheiros são antigos matadores ou novilheiros, que não poderam alcançar o sonho desejado de poderem trocar o traje de luces de prata pelo traje de luces a oiro, ou alguns não tiveram o sucesso desejado nas categorias superiores, e pela sua aficion e necessidade de terem um posto de trabalho, passaram para a categoria de Bandarilheiros.
A maior parte dos toureiros que vestem um traje de prata, são excelentes bandarilheiros, colocando excelentes pares de bandarilhas, quer colocando os toiros em sorte para os seus cavaleiros e posteriormente darem continuidade à sua brega, ou ainda quando os touros saem dos curros, darem os primeiros capotazos ou lances de capa, a fim do seu cavaleiro, matador ou novilheiro, apreciarem a forma como o toiro investe ao engano.
Hoje em dia podemos dizer que os bandarilheiros brilham nas arenas por mérito próprio, destacando-se pela sua eficácia como atuam. Por todo Planeta Taurino temos excelentes profissionais vestidos de prata, os quais por vezes escutam música por terem tido uma determinada intervenção de destaque, ou pelos excelentes tércios de bandarilhas, sendo obrigados a saírem detrás dos burladeros e depois de terem autorização por parte do seu maestro, e de montera em mão agradecerem os aplausos tributados justamente pelos aficionados.
Os bandarilheiros ou peões de brega, são excelentes colaboradores do seu maestro ou mestre revelando como carateristícas de nobreza o seu espírito de solidariedade e de muito sacríficio nas mais perigosas circunstâncias, sendo por vezes o seu labor também mal reconhecido por parte de um detreminado grupo de aficionados.
Em Espanha e França há matadores que trocaram o traje de oiro pelo traje de prata, poderemos evocar aqui alguns desses casos José António Carretero, Juan José Trujillo, Miguel Martín e Marco Leal (França), e muitos outros mais poderiamos evocar.
Foto. José Vogado