Alfredo Corrochano Miranda, nasceu em Madrid em 1912.
Era filho de Don Gregório Corrochano Ortega, famoso jornalista e cronista taurino do jornal ABC.
Alfredo Corrochano foi estudante no Instituto Escola de Madrid, onde se fez bacharel, mostrando desde os seus 15 anos a vontade de ser toureiro.
Com o intuito de afastar o jovem “Alfredito” do contágio taurino, seu pai envia-o para Pino Montano, herdade pertencente a D. Ignacio Sánchez Mejías nos arredores de Sevilla, onde ao contrário do esperado por D.Gregório, Alfredo se torna num jovem novilheiro promissor, cheio de raça e bastante voluntarioso.
Aquando de um festejo taurino em Madrid com o patrocínio do Rei Alfonso XXIII, promotor e patrono da Cidade Universitária, Corrochano foi incluido no cartel onde figuravam também outros estudantes como Victoriano de la Serna e, entre os profissionais que compunham o cartel, estavam Juan Belmonte, lidando a cavalo, Valência II, Cagancho, “El Algabenho”.
Alfredo Corrochano tirou a alternativa no dia 28 de Fevereiro de 1932 em Castellón de la Plana, sendo seu padrinho Marcial Lalanda que lhe cedeu o toiro “Pagador” da ganadaria Morube, tendo como testemunha Domingo Ortega.
Em 12 de Maio do mesmo ano, confirmou a alternativa em Madrid com Manuel Bienvenida como seu padrinho e testemunha o mesmo Domingo Ortega. O toiro foi da ganadaria de Agimiro Pérez Tabernero e dava pelo nome de “Cantero”.
Foi colhido com gravidade no ano seguinte em Madrid, quando tentava levar um toiro de Albacerrada aos médios, pois este refugiara-se junto dos “toriles”.
No dia 11 de Agosto de 1934, em Manzanares ( Cuidad Real ), Alfredo Corrochano foi anunciado no cartel da corrida de Ayala em que Don Ignácio Sanchéz Mejías substituia o matador Domingo Ortega.
Nessa tarde D.Ignacio Sánchez Mejías, viria a ser colhido mortalmente pelo toiro “Granadino”, falecendo dois dias depois. Tourearam nessa tarde também Armillita e o cavaleiro portugués Simao da Veiga.
Sobre ele disse, o grande historiador da tauromaquía José Maria Cossío na Enciclopédia do Toureio:
“ Boa escola a do seu toureio! Em nenhum só lance juntou os pés. Toureou maravillosamente de capote e muleta, dando a impressao de nao desconhecer nada no que respeita à técnica, recursos, terrenos, etc. Sério, sereno, tranquilo, como um autêntico mestre ”.
A carreira de Alfredo Corrochano foi interrompida pela “guerra civil”, tendo ainda reaparecido em Pontevedra e Oviedo no ano de 1949. Torno-se empresário e continuou sendo um grande aficionado com presenças constantes nas praças de toda a Espanha.
Retirou-se definitivamente no ano de 1949, tendo a partir daí residido em Oviedo.
Faleceu em 27 de Agosto de 2000.
Fontes: F.Barona / Portal Taurino