O Rei Alfonso XIII e a Rainha Victoria Eugenia de Battemberg, avós do actual soberano espanhol, foram vítimas de um atentado à bomba, no dia 31 de Maio de 1906, quando viajavam na sua “carroza real” pela “Calle Mayor” em Madrid, depois de assiatirem a uma missa e à celebração do próprio casamento no mosteiro dos "Jerónimos" de Madrid.
Desse atentado resultaram mais de 100 feridos e 28 pessoas morreram, tendo a coche real apenas ficado com os vidros das janelas quebrados. O “anarquista” Mateo Morral, autor material do atentado, foi detido por um guarda civil no local, suicidando-se em seguida.
Para o dia 2 de Junho estava marcada uma corrida de toiros, com o objectivo de assinalar o aniversario da boda real que o Rei Alfonso fez questao de manter, nao obstante os seus organizadores terem suspendido a sua realizaçao devido a tao grave acontecimento.
Nessa corrida foram lidados toiros do Duque de Verágua, sendo os tres primeiros lidados por cavaleiros Nobres, nao profissionais, asistidos pelos “peónes” Limiñana, Corchaíto e Manolete (pai da vitima de Islero) que se encarregavam de matar os toiros quando o “rojón” dos cavaleiro nobres falhava a sorte final.
A lide ordinária esteve a cabo dos matadores António Fuentes, El Algabeño,Ricardo Torres”Bombita”, Machaquito, Cocherito de Bilbao, Rgaterín e Manuel Bienvenida que mais tarde seria o patriarca da futura geraçao Bienvenida.
Resultava que a praça estaria à cunha, os lugares enfeitados com flores e mantillas bordadas, as Señoras e Señoritas trajavam com os seus xailes bordados e matillas sobre os seus magnificos penteados, enquanto o ministro Sr. Canalejas oferecia no sector 10, bolos e refrescos aos deputados convidados e ás suas famílias.
Nestas épocas os cavalos dos picadores nao usavam protecçoes adecuadas, sendo sempre esta sorte bastante sangrenta.
Consta que a Rainha Victoria Eugénia, terá usado os seus binóculos ao contrário para ver estas sorte de mais longe, ao contrário de mais perto, dada a violencia e sangue que normalmente resultava da mesma.
Fontes: F.Narbona e El Mundo