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"Blanquet ", Rey con trono y Garbo!

Lembrando o grande bandarilheiro Enrique Berenguer Soler " Blanquet "
30 de Março de 2011 - 19:10h Pedaços de história por: - Fonte: - Visto: 1835

Enrique Berenguer Soler “Blanquet”, nasceu em Valência no ano de 1881.

O “apodo” de "Blanquet" foi-lhe atribuído por Ventura Espí, seu companheiro e mentor em homenagem ao seu professor Manuel Blanco “Blanquito”.

Foi bandarilheiro das quadrilhas de “los Gallos”, com Rafael e Joselito, sendo sem dúvida o seu “peón” de grandíssima confiança.

As sua extrema qualidade como bandarilheiro, utilizando o capote com maestria e colocando os toiros nos devidos terrenos, fizeram dele uma autêntica lenda entre os matadores e bandarilheiros das arenas.

Consta que teria um carácter e um comportamento um pouco lunático, sendo um pouco supersticioso.

Na praça de toiros de Talavera de la Reyna no dia 16 de Maio de 1920, Joselito é morto pelo toiro “Bailaor” e “Blanquet” chora a sua vida na arena abraçando o falecido toureiro.

Consta de que Enrique teria comentado com Joselito a existência de um cheiro raro na praça, um cheiro a cera e que terá avisado o mais novo dos “ Gallos “ que não toureasse nesse dia.

Também no dia em que Manolo Granero Valls, foi assassinado pelo toiro “pocapena” em Madrid, Enrique sentiu esse raro e estranho cheiro: o cheiro a cera.

Entretanto faz parte da quadrilha de Ignácio Sánchez Mejías, mas desgostoso com a confirmação das suas premonições, retira-se das arenas.

Mais tarde Ignácio convence-o a participar na corrida de Nossa Senhora de los Reyes em Sevilha e a Enrique chega mais uma vez o estranho cheiro, pedindo ao matador que não toureasse nesse dia. Ignácio executando uma lide cautelosa termina as suas faenas e,“ bromeando “ Blanquet, diz-lhe que a sua premonição falhara.

No dia seguinte, quando viajava de comboio para outro evento taurino, Enrique Berenguer Soler“Blanquet" morre de ataque cardíaco fulminante.

Gabriela Ortega, “ cantaora “ e actriz sevilhana, falecida em 1995, sobrinha de Joselito e Rafael e filha de Enrique Ortega “ El Cuco”, declamou um magnifico e tocante poema em homenagem aquele que se diz ter sido o melhor bandarilheiro do século XX, apelidando-o de " Rey con trono y Garbo ".

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