O monarca espanhol D. Juan Carlos de Borbón, nos finais dos anos 70, visitou Portugal a seguir ao processo conhecido por “La Transición” e à sua coroação como monarca de toda a Espanha.
Alguns grupos organizados de portugueses, apresentaram-se no Aeroporto da Portela, junto da antiga saída V.I.P., manifestando-se a favor da visita mas empunhando pequenas bandeiras, onde se podia ler “ Não pode reter Olivença quem reclama Gibraltar!”.
De facto a nobre Vila da Raia, foi dada como garantia dos acordos celebrados entre Espanha e Portugal, durante o conflito conhecido por “Guerra das Laranjas”, em que os espanhóis instigados e impelidos pelos generais de Napoleão Bonaparte, resolveram invadir Portugal. Logo depois foram estabelecidos acordos entre a França, Espanha e Portugal, ficando esta vila na posse dos espanhóis como garantia de que Portugal cumpriria todos os outros pontos do acordo que basicamente eram compensações pecuniárias de guerra.
Ainda hoje, existe uma disputa e discussão,no âmbito do direito internacional, entre os dois estados, em que muitos portugueses reclamam a posse a devolução do território de Olivença, embora últimamente com a esntrada de Portugal para a U.E. essas vozes não se façam ouvir.
È caso para dizer que de facto existe aquilo a que normalmente o povo afirma conhecer por “dois pesos e duas medidas”. È conhecida a agressividade dos espanhóis no que respeita à questão de Gibraltar, dominada pelos Ingleses e que padece básicamente de problemas diplomáticos e históricos similares, embora de origens diferentes mas com consequências afins.
A magnifica vila de Olivença ostenta ainda nomes de ruas portugueses, assinaladas entretanto com novos nomes em castelhano, tendo a sua Catedral de estilo tipicamente português, santos da liturgia católica portuguesa, inclusivé uma imagem de Nª Srª de Fátima, embora esta dos anos 60.
