A Prótoiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia desvaloriza a mais recente e já esperada iniciativa do PAN para tentar proibir a Tourada em Portugal. Trata-se de uma rotina demagógica, fundamentada em mentiras, que ataca a Constituição da República Portuguesa. Representa uma nova iniciativa antidemocrática de um partido desesperado e cada vez mais extremado na luta pela sobrevivência.
A identidade de um povo, ao contrário do que defende o PAN, manifesta-se pelo respeito da diversidade cultural e não pela imposição de uma ideologia única. Aliás, a vontade agora manifestada nesta posição radical vai contra o que defende a Constituição da República Portuguesa. Refere o nº2, do art. 43º: “O Estado não pode programar a Educação e a Cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”. O nº 1 do artigo 73º: “Todos têm direito à Edução e à Cultura”.
Como é recorrente na comunicação deste partido, a argumentação é falsa. Se não vejamos:
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Não é a primeira vez que a Assembleia da República debate a proibição de touradas em Portugal. Já em 2011 o assunto foi discutido, tendo sido amplamente rejeitado por cerca de 80 por cento dos deputados.
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Em 2017 realizaram-se 205 espetáculos tauromáquicos em 80 municípios e não 181 em 44 conforme refere o PAN.
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Estes espetáculos realizaram-se em 15 distritos de norte a sul do país, além da Região Autónoma dos Açores.
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No ano passado registou-se um aumento de 1,8 % do número de espectadores em touradas para um total de 435 660.
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Não contabilizados estão os mais de 1000 eventos de tauromaquia popular que se realizam por todo o País, como a Vaca das Cordas (Ponte de Lima), a Capeia Arraiana (Sabugal), as largadas de toiros (Ribatejo) e as Touradas à Corda (Açores).
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As estimativas da Prótoiro apontam para três milhões de pessoas envolvidas em eventos tauromáquicos em todo País ao longo de 2017.
A Prótoiro compreende o folclore agora proposto por um partido que apenas tenta aumentar desesperadamente a sua visibilidade. Não representa mais de 75 mil pessoas em todo o País e procura com estas investidas lutar pela sobrevivência. Quer inverter a queda nas sondagens e evitar o desaparecimento do único deputado com assento parlamentar.