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Hoje há toiros no Campo Pequeno - LII Grande Corrida TV

Os intervenientes que hoje marcam presença no Campo Pequeno na Corrida TV falam sobre a corrida.
25 de Agosto de 2016 - 08:21h Notícia por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2339
Hoje há toiros no Campo Pequeno - LII Grande Corrida TV

Os intervenientes que hoje marcam presença no Campo Pequeno na Corrida TV falam sobre a corrida.

Luis Castro: Cartel da “LII Corrida TV dignifica a RTP e o Campo Pequeno”

Esta quinta-feira feira, o Campo Pequeno abre as suas portas à “LII Corrida TV”, a corrida mais antiga do panorama taurino português ligada a um órgão de comunicação social.

Para Luis Castro, Presidente da Casa do Pessoal da RTP, “pela sua qualidade, o cartel desta corrida dignifica não só a RTP como o Campo Pequeno, o único cenário onde ela poderia ter lugar, pois foi aqui que nasceram as “Corridas TV”, a 25 de Julho de 1963. A edição deste ano vai ser um marco na temporada nacional e na temporada de Lisboa.”

Luis Castro refere a excelência do cartel deste ano, formado pelos cavaleiros António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas e pelos grupos de Forcados Amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados por João Grave e José Maria Bettencourt.

Refere também o facto de estes dois grupos apresentarem os seus novos cabos pela primeira vez no Campo Pequeno, na “Corrida TV”, o que “para nós é um motivo de enorme satisfação, pelo que ambos representam para a tauromaquia nacional.”

Salienta também a coincidência de, tal como em 1963, o curro a lidar pertencer à ganadaria Murteira Grave.

“A Corrida TV’ é uma tradição para a Casa de Pessoal da RTP, tradição que queremos manter, respeitando assim uma das formas de cultura mais genuínas do povo português”. E acrescenta: “Além do mais, a tauromaquia é uma actividade com enorme impacto económico, gerando emprego e rendimento a largas centenas de famílias, tanto a nível interno, como a nível externo, em termos de exportação de toiros de lide e de cavalos”.

Para além de fazer votos de que esta seja uma grande corrida, Luis Castro vai mais longe e espera que seja um grande espectáculo para os mais de meio milhão de espectadores que irão seguir a corrida, tanto em Portugal como no estrangeiro.

 

A “LII Corrida TV” será antecedida da actuação do grupo musical “Sangre Ibérico”, o qual acrescentará uma nota de alegria e qualidade de um reportório onde se fundem flamenco e fado.

Antonio Telles lidará no Campo Pequeno o Centésimo oitavo “Grave” da sua carreira

Quando, na corrida da próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, sair à arena o segundo toiro do lote de António Ribeiro Telles, este cavaleiro estará perante o centésimo oitavo toiro da ganadaria “Grave” da sua carreira.

A ganadaria Murteira Grave tem sido determinante para António Ribeiro Telles. “Ao longo da minha carreira têm sido muitos os triunfos que obtive com toiros da ganadaria Murteira Grave”, refere o cavaleiro que recorda, em particular dois toiros, um lidado em Coruche, e outro no concurso de ganadarias de Évora. “Há 5 ou 6 temporada atrás, não estou agora seguro, lidei em Coruche um ‘Grave’ extraordinário, um toiro de pelagem amarela, que foi tão bom que o Joaquim (Murteira Grave) o levou para o campo para o testar como semental”. Uns anos antes, tinha lidado no concurso de ganadarias de Évora, um toiro que me proporcionou um dos maiores êxitos da minha carreira, mas ao mesmo tempo um dos êxitos mais suados de sempre”.

E António Telles explica porquê: “Era um toiro bravo, mas de uma bravura extremamente violenta. Lidei-o com um cavalo extraordinário que tive, o ‘Gabarito’ e as coisas embora tenham sido duras, correram muitíssimo bem…tão bem que é um dos toiros que mais recordo na minha carreira”.

Afirma ter uma admiração “muito especial pelo modo, competência e saber com que Joaquim Murteira Grave vem orientando a ganadaria”. Pelo que já se informou sobre os seis toiros que virão para o Campo Pequeno “trata-se de animais com excelente ‘reata’, o que é sempre agradável saber, e com um trapío absolutamente irrepreensível. Um ‘corridão’ sem dúvida”.

Relativamente à corrida, propriamente dita, entende tratar-se de “uma das mais prestigiadas da temporada, uma corrida de grande visibilidade e que contribuirá positivamente para a divulgação da festa de toiros”, sublinhado ainda o prazer que sente em fazer parte do seu cartel e a responsabilidade artística que pesa sobre os seus ombros.

António Ribeiro Telles formula ainda um desejo: “Para além de eu querer triunfar, queria também que esta corrida fosse um triunfo de nós todos, cavaleiros forcados e ganadero, o que significaria também um grande triunfo da festa”.

A “LII Corrida da RTP” tem no seu cartel os nomes dos cavaleiros António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas, estando as pegas a cargo dos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados, respectivamente por João Grave e José Maria Bettencourt, os quais se apresentam no Campo Pequeno, pela primeira vez nas chefia dos seus grupos. Lidam-se seis imponentes toiros de Murteira Grave.

 

A anteceder a corrida, actuará o grupo musical “Sangre Ibérico”, projecto musical que cruza no seu reportório o fado e o flamenco, duas expressões da cultura musical ibérica que, por sua vez, estão intimamente ligadas ao mundo do toureio.

Marcos Bastinhas: “Ilusão, entrega e respeito pelo público”

Ilusão, entrega e respeito pelo público constituem os três pilares que motivam diariamente o trabalho do cavaleiro Marcos Bastinhas para que a corrida em que participa no Campo Pequeno, na próxima quinta-feira, tenha em si um triunfador.

“Na ilusão, englobo o meu desejo de, a cada dia que passa, aperfeiçoar a minha forma de tourear, a qual é fruto da minha entrega diária, na preparação dos cavalos e na compreensão do toiro. Nunca defraudar o público é para mim ponto de honra e ao Campo Pequeno um artista só pode vir com um objecto: Triunfar!”, concretiza,

Marcos Bastinhas manifesta o maior respeito e admiração pela trajectória profissional dos seus alternantes que serão António Ribeiro Telles e Luis Rouxinol, “António Ribeiro Telles é um cavaleiro que dá sempre gosto ver tourear. É um verdadeiro senhor da tauromaquia”. Quanto a Luis Rouxinol, classifica-o como “uma grande figura, um cavaleiro que está sempre preparado para dar e dá sempre o melhor de si”.

Manifesta também o maior respeito pelos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, “dois grupos de enorme prestigio e cujos cabos, forcados que muito admiro, o João Grave e o José Maria Bettencourt, estarão pela primeira vez no Campo Pequeno nessa funções. Aos dois novos cabos desejo as maiores felicidades nesta etapa das suas vidas, à frente de tão prestigiados grupos”.

Quanto ao que o púbico pode esperar de Marcos Bastinhas, é peremptório: “Luto com as minhas próprias armas: trabalho e vontade de triunfar qualquer que seja a praça. O Campo Pequeno, pela sua condição de ‘Catedral Mundial do Toureio a cavalo’ é a praça de maior responsabilidade e, por isso, estou contando os dias que faltam para a corrida, sentindo em mim uma cada vez maior vontade de triunfar. E faço votos para que o triunfo seja não só meu, mas igualmente dos meus alternantes e do ganadero.”

Manifesta também o seu apreço pelo curro da ganadaria Murteira Grave” que será lidado na quinta-feira. “É uma ganadaria do máximo prestigio em todo o mundo taurino. Leva ao Campo Pequeno um curro magnífico de trapío o qual, por certo, irá proporcionar momentos de grande emoção e verdade. Emoção e verdade é algo que tem de estar sempre presente na festa de toiros. Sem emoção, o espectáculo tauromáquico perde o seu principal aliciante. Mas não me parece ser difícil vaticinar que este curro vai proporcionar arte e emoção, ou seja: a verdade, que tanta falta faz à festa.”

A anteceder o espectáculo, às 21h45, actuará o grupo “Sangre Ibérico”, um dos mais interessantes projectos musicais surgidos em Portugal nos últimos tempos, fortemente influenciados pelo flamenco, e pelo fado, revelados ao grande público no “Got Talent Portugal”, emitido na RTP1.

 

João Grave: “Os toiros ‘Grave’ vão trazer emoção ao Campo Pequeno”

João Grave, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém desde 10 de Junho, apresenta-se pela primeira vez no Campo Pequeno, nesta qualidade, na próxima quinta-feira, na “LII Corrida da RTP”.

Começou “ a sério” em 2011. Mas, por influência familiar, já estava imbuído do “espírito de forcado” desde muito jovem embora, ate há cinco anos, se dividisse entre os toiros e o mundo equestre, como promissor praticante de obstáculos.

“Há uma grande ligação familiar dos Grave ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém, onde pegaram o meu avô Joaquim, os meus tios e o meu pai. O meu tio Carlos foi cabo do grupo de 1981 a 1996 e eu habituei-me a vê-los fardar na nossa casa de Évora e a sentir o ambiente especial que esta arte envolve”, diz João Grave, ciente das responsabilidades que recaem sobre si, ao comandar o único grupo com mais de 100 anos de actividade ininterrupta.

Vir ao Campo Pequeno pegar uma corrida da ganadaria da família (Ganadaria Murteira Grave) constitui para o João “um motivo acrescido de interesse não só por serem os toiros lá de casa, como pelo prestígio nacional e internacional que a ganadaria granjeou”.

“Está um curro sério, magnifico de trapío e estou certo de que vão proporcionar um grande espectáculo. Vão trazer emoção à arena, essa emoção que é o ‘sal’ da festa”, acrescenta.

Sobre a competição com o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, considera-a muito saudável, não só de hoje como desde sempre. “É um grupo com grande tradição, por cujo prestígio temos a maior estima. Há, inclusivamente, relações de estreita amizade com vários dos seus elementos”, refere.

Os dois grupos vão ao Campo Pequeno, na próxima quinta-feira, numa situação semelhante pois os respectivos Cabos “estreiam-se” na primeira praça do país nessa qualidade, nesta corrida. João Grave deseja ao José Maria Bettencourt “ a maior sorte no desempenho das novas funções” e aproveita para sublinhar a sua satisfação por a empresa do Campo Pequeno ter tornado possível este encontro, nestas circunstâncias”.

O cartaz desta corrida inclui também os cavaleiros António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas.

 

Luis Rouxinol: “Qualquer cavaleiro gostaria de tourear a ‘Corrida da RTP”

Luis Rouxinol é um dos cavaleiros que, juntamente com Antonio Telles e Marcos Bastinhas, actuarão na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, na “LII Corrida da RTP”.

O cavaleiro atribui a esta presença na primeira praça do país, “a máxima importância”, pelo local, a ‘capital mundial do toureio a cavalo’ e pela circunstância de se tratar da “corrida de maior antiguidade e prestigio entre aquelas que levam o nome de um órgão de comunicação social”.

“Vou ao Campo Pequeno para, como sempre, dar tudo por tudo, por respeito ao público de uma praça que, ao longo da minha carreira sempre me acarinhou de uma forma muito especial e onde alcancei grandes triunfos, mas também pelo respeito que me merecem os meus companheiros de cartel os quais, igualmente, não são pessoas para voltar costas a um desafio desta importância”, afirmou.

Para Luis Rouxinol, a competição na arena é o que mais motiva o público. “O público, para se entusiasmar, tem de sentir rivalidade e competição entre os artistas que estão na arena e, ao mesmo tempo, compreender o elevado grau de risco que é enfrentar um toiro”.

Relativamente aos toiros para esta corrida (seis “Graves”), considera serem “imponentes, com enorme trapío, bem na linha a que a família Murteira Grave nos habituou ao longo dos anos” e formula um desejo “que saiam com bravura proporcional ao trapío, que sejam seis excelentes toiros no que a condições de lide se refere e, claro está: Que Deus reparta a sorte, para que seja uma noite de toiros inolvidável”.

Em termos de balanço sobre o que vai da actual temporada, Luis Rouxinol considera-o “bastante positivo, com prestações de bom nível e de grande regularidade”, o que o deixa de certa forma satisfeito pois, faz questão de acentuar, “manter a regularidade a um nível alto é o mais difícil, não só ao longo de uma temporada, como ao longo de uma carreira como, felizmente, tem sido o meu caso”.

De momento, considera que as suas montadas em melhor forma são a “Viajante e o “Douro”.

O cartel da “LII Corrida da RTP” completa-se com a presença dos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados respectivamente, por João Grave e José Maria Bettencourt.

 

 

José Maria Bettencourt: “Ser cabo do Aposento da Moita foi um golpe de sorte que a vida me proporcionou”

José Maria Bettencourt estreia-se na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, na “LII Corrida da RTP”, como cabo do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, função que desempenha desde 22 de Maio deste ano, sucedendo a José Pedro Pires da Costa.

Pega toiros desde 2007 e sempre no Aposento da Moita. Considera a sua eleição (por unanimidade) para a chefia do grupo como “um privilégio enorme e um desafio de grande dimensão” que aceitou “com grande alegria e determinação”, chegando mesmo a admitir que “foi um golpe de sorte” que a vida lhe proporcionou.

Considera a corrida de 25 de Agosto como tendo “um significado enorme, para já por duas importantes razões: “É a minha estreia no Campo Pequeno como cabo do grupo, é na data próxima do grave acidente sofrido nessa praça pelo Nuno Mata (30 de Agosto de 2012) que tanto nos marcou…mas é também um significado enorme o facto de partilhar cartel com o Grupo de Santarém, por cujo passado centenário temos o maior respeito e admiração”.

“É claro que não posso dissociar do significado desta corrida o facto de o seu cartel ser de primeiríssima qualidade, personificada não só nos nossos alternantes do grupo de Santarém, como nos cavaleiros em praça, os consagrados Antonio Ribeiro Telles e Luis Rouxinol e o Marcos Bastinhas, um jovem que está a construir, com muito valor, uma bonita carreira e, claro, o trapio dos toiros de Murteira Grave, uma ganadaria de renome mundial…todo isso tornam esta corrida especial”, acrescenta.

Relativamente à competição com o grupo de Santarém, está “ciente da responsabilidade enorme que tal significa e da seriedade que uma competição desta natureza encerra”, pelo que “o Aposento da Moita vai estar no seu nível mais elevado de concentração, motivação e responsabilidade”.

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