Foi com ¾ de lotação que a Arena d´Évora marcou o encerramento da temporada. Em praça estavam anunciados seis cavaleiros António Ribeiro Telles, Luís Rouxinol, Ana Batista, Vítor Ribeiro, Tomas Pinto e o cavaleiro praticante Rui Guerra.
As pegas estavam a cargo dos Amadores de Évora e São Manços. Lidaram se toiros da ganadaria Passanha, que repetia a sua presença em Évora.
Abriu praça António Telles que este ano teve a sua temporada marcada por alguns altos e baixos. Recebeu bem o toiro e colocou dois compridos à tira. Nos curtos a escola da Torrinha veio ao de cima e António toureando a uma só mão realizou uma lide pisando terrenos de compromisso com destaque para o terceiro ferro.
Luís Rouxinol que o ano passado fechou a temporada em grande em Évora, vinha decidido a alcançar semelhante êxito. Colocou três compridos, preparando as sortes com bonitos adornos na cara do toiro escutando música antes do primeiro ferro curto. Daí em diante a lide foi sempre a mais com sortes ao piton contrário dando vantagens ao toiro. Terminou a sua temporada com um ferro de palmo e o habitual par de bandarilhas muito bem executados, fechando em grande mais uma boa temporada.
Vítor Ribeiro que este ano já o tínhamos visto muito bem em Évora, brindou a lide à sua quadrilha. Recebeu bem o toiro sem recurso a bandarilheiros. Colocou três compridos no sítio levando um forte derrote na montada, no momento da reunião do segundo. Nos curtos andou muito correcto na preparação e colocação dos ferros, faltando apenas alguma transmissão à lide para chegar com mais entusiasmo às bancadas.
A cavaleira Ana Batista chegava ao fim da temporada no auge da sua boa forma. Quem não se lembra da grande lide que fez na Corrida de Encerramento da temporada do Campo Pequeno, entre outras. Recebeu o toiro dobrando-se muito bem e com uma só montada, realizou uma lide muito boa citando de curto e cravando ao estribo como mandam as regras, deixando bom ambiente na arena para a próxima temporada.
Para lidar o quinto da ordem estava em praça Tomás Pinto, o último dos cavaleiros de alternativa. Cavaleiro da dinastia Pinto tem poucas corridas realizadas embora lhe seja reconhecida muita qualidade. Recebeu nos compridos muito bem o toiro com dois ferros. Nos curtos aplicou muita dinâmica nos à lide, pisou terrenos de compromisso e arrumou-se ao toiro, ou seja, tentou marcar a diferença e acabou por pagar caro com uma colhida no penúltimo ferro ficando com a montada caída na arena com o cavaleiro ficando com o pé preso debaixo, não parecendo haver consequências de maior. Um Olé para Tomás Pinto.
Fechou praça o cavaleiro praticante Rui Guerra, pouco rodado este ano. Chegou a Evora com ganas de triunfar e reclamar mais e melhores oportunidades. No início Rui sofreu uma violenta colhida nas tábuas logo quando o toiro saiu. No entanto o incidente não amedrontou o cavaleiro do Alandroal que nos curtos saiu à praça com ganas de triunfo. Perante um toiro reservado com tendências para as tábuas, Rui Guerra teve que empregar e iniciou a serie dos curtos com ladeios justos e dois bons ferros. Depois o toiro rachou e a lide veio a menos, o cavaleiro a ter dificuldades em dar a volta ao oponente. No entanto é de realçar a grande entrega do cavaleiro, discípulo de Vítor Ribeiro.
Um dos grandes triunfadores da tarde foram os forcados. Os Amadores de Évora fecharam a temporada com três grandes pegas ao primeiro intento e São Manços pegaram à primeira, terceira e primeira tentativa.
Em relação ao curro de toiros da ganadaria Passanha, todos eles como é hábito bem apresentados e de bom comportamento à excepção do sexto da ordem.
Foi desta forma que Évora fechou com Chave de Ouro a temporada, que resultou bastante positiva, registando uma boa entrada de público e proporcionando bons espectáculos ao longo do ano.