O Parlamento Europeu rejeitou no dia de ontem uma proposta do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, para que os ganaderos de gado bovino bravo fossem excluídos de receber fundos provenientes da Política Agrícola Comum.
Com o intuito já assumido de extinguir a actividade tauromáquica, Bas Eickhout, parlamentar holandês e tesoureiro do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia foi o porta-voz da proposta, que visava os proprietários de gado bovino bravo.
Os fundos da Política Agrícola comum extendem-se a todos os criadores de gado. Uma forma para que a União Europeia possa ajudar na melhoria de condições veterinárias e de saneamento das explorações agrícolas. Os Verdes pretendiam que não se atribuísse um cêntimo para quem nessas explorações contivesse gado bovino bravo, cujo destino é a actividade tauromáquica (com este facto a estar subjacente mas não contido no documento).
O chumbo da proposta foi à justa, pois a mesma recebeu 341 votos a favor, 294 contra e 45 abstenções.
Quando bastavam somente 377 votos para que a proposta fosse aprovada, pelo que os Verdes já avisaram que no futuro, a mesma será de novo posta a votação, visto que apenas necessitam de mais 36 votos para que tenha deferimento.
O Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia é um grupo político no Parlamento Europeu que alberga diversos partidos com ideologias distintas e alguns deputados independentes.
O tesoureiro do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, Bas Eickhout, tem sido o principal porta-voz do grupo político europeu contra a tauromaquia, na Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar. Além destas funções, o eurodeputado holandês participa na Delegação para as Relações com os Estados Unidos; Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários; Comissão dos Transportes e do Turismo; Delegação para as Relações com a República Popular da China.
O Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia teve um membro português - Rui Tavares - parlamentar independente eleito pelo Bloco de Esquerda e fundador do recém criado partido "Livre".
No programa político do Partido Livre, datado de 31 de Janeiro de 2014, as cautelas ainda são bastantes e por isso não existe uma linha escrita sobre a tauromaquia. Apenas informação vaga, como a que se encontra no último parágrafo, da terceira alínea do quarto ponto, destinado às políticas para o território, ambiente e energia: "O LIVRE defende ainda a obrigação moral de evitar sofrimentos desnecessários aos animais, apelando para isso a um levantamento dos danos causados e a uma melhora dos instrumentos de avaliação do bem-estar animal encaminhada a atingir um nível considerado apropriado por uma sociedade informada e justa."