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Festival na Monumental do Montijo

Festival Taurino do Montijo, a favor do fundo de assistência do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo.
03 de Maio de 2014 - 10:33h Notícia por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1841
Festival na Monumental do Montijo

Com apenas ¼ de casa realizou-se o já adiado Festival Taurino do Montijo, a favor do fundo de assistência do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo. O festival foi corretamente dirigido pelo senhor Pedro Reinhard, assessorado pelo médico veterinário Carlos Santos.

O público que ali se deslocou foi brindado, antes do festival com um grupo de danças sevilhanas. No que respeita ao cartel, a principal atração, seria a diversidade dos artistas: Sete cavaleiros, sete grupos de forcados para sete toiros de outras tantas ganadarias. O festival em si proporcionou uma tarde morna de emoções, em que apenas alguns pormenores animaram o evento. É ainda notório a falta de rodagem dos artistas, bem como da logística da Praça. Faltou informação sobre os novilhos a lidar e os forcados que os pegaram. Foram feitos testes de som com as lides a decorrer. A trincheira está completamente descuidada, e falta um guincho para a recolha dos novilhos mais teimosos. Apesar de ser um festival, é necessário mais profissionalismo e responsabilidade na organização destes eventos. Só assim teremos público nas praças.

Passando ao espetáculo propriamente dito; abriu praça a cavaleira Ana Baptista, com o novilho de Fernando Palha, preto, bem apresentado e com som no capote, mas algo reservado no cavalo. Nos ferros compridos a cavaleira esteve ao seu melhor nível, cravou à tira e no sítio. Cravou dois bons ferros curtos nos médios. O último curto foi mesmo de boa nota. Ouviu música ao segundo ferro curto. Abriram praça o Grupo de forcados amadores do Ribatejo que pegaram à terceira tentativa, com uma excelente primeira ajuda, num novilho que não complicava. Volta para cavaleira e forcado.

O segundo novilho a sair em praça foi o de João Ramalho. Um bonito exemplar que teve um bom comportamento, e esteve por cima do cavaleiro Pedro salvador. O cavaleiro não esteve bem nos compridos, e nos curtos nunca evitou toques na montada. O novilho arrancava-se com pata. Mostrou alguns bons adornos de equitação, mas pouco no momento do ferro. Pegaram este bom novilho, os amadores da Moita à primeira tentativa e ganharam o prémio de melhor pega. Volta para cavaleiro e Forcado.

O Terceiro cavaleiro em Praça foi o Marcelo Mendes, que lhe calhou em sorte o novilho de José Palha. Que foi provavelmente a rês com menos apresentação que vi em toda a minha vida a pisar uma arena. Não se compreende como sai em praça um animal nestas condições. Uma nódoa ganadera. O Marcelo Mendes fez o que o parco animal deixou que fizesse. Correto nos compridos, cumpriu nos curtos, enquanto se faziam testes de som com a lide a decorrer. Pegaram os forcados da tertúlia tauromáquica do Montijo à segunda tentativa.

O bem apresentado, e ainda melhor comportado novilho de Prudêncio, foi lidado pelo Ricardo Martins, que andou desenvolto e aproveitou a nobreza do novilho. Cravou dois bons ferros compridos à tira e cravou 6 bons ferros curtos, parece exagerado, mas o novilho permitiu uma lide extensa. Pegaram à segunda tentativa os Amadores da Azambuja.

O novilho de Santos Silva, bonito, mas pequenote, foi lidado pelo cavaleiro Filipe Ferreira, que se apresentou muito bem montado. Esteve bem nos compridos com sortes bem medidas à tira, e nos curtos a lide não lhe correu bem, e saiu ao terceiro curto sem ouvir música. O novilho foi pegado à segunda tentativa pelos amadores de Arronches, que não estiveram bem a ajudar, apesar da vontade do forcado de cara. Só o forcado foi chamado para a volta à arena.

As surpresas maiores da tarde, estavam guardadas para o fim. É certo que a inexperiência ainda não permite grande rigor, mas as cavaleiras Verónica Cabaço e Mara Pimenta trouxeram um pouco de emoção ao final do espectáculo. A primeira lidou um bom novilho do Eng. Luís Rocha, bonito e de bom comportamento. Nos compridos, andou algo desacertada, nos curtos arrimou-se, percebeu a investida do novilho e esteve bem a cravar. Ouviu música ao segundo ferro curto. O Grupo de Monsaraz fez uma boa pega à segunda tentativa.

À cavaleira Mara Pimenta calhou-lhe em sorte o bonito e confortável novilho de Passanha. Com confiança, apesar da muita juventude, andou decidida e cravou dois bons ferros compridos. Nos curtos esteve igualmente bem. No segundo curto passou em falso numa primeira tentativa, e a emenda resultou no seu melhor ferro. Ouviu música ao segundo ferro curto e terminou a lide com um ferro de palmo. Apenas há que corrigir o tempo de preparação dos ferros, com uma brega mais eficaz, porque ganas não lhe faltam. O Passanha foi muito bem pegado à primeira tentativa pelos forcados amadores de Azambuja.

 

 

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