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Casquinha fala do seu trajecto no Peru

Nuno Casquinha é um dos protagonistas do última temporada taurina no Peru, juntamente com os espanhóis Emilio Serna e Israel Lancho. Os três, em entrevista, sobre quais as diferenças e dificuldades que encontraram.
30 de Janeiro de 2014 - 16:08h Notícia por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1552
Casquinha fala do seu trajecto no Peru

Nuno Casquinha é um dos protagonistas do última temporada taurina no Peru, juntamente com os espanhóis Emilio Serna e Israel Lancho.

Os três matadores foram entrevistados, no Peru, para o portal taurino Perutoros, sobre quais as diferenças que encontraram entre as tauromaquias dos seus países de origem e a que encontraram no Peru.

Eis as respostas do português Nuno Casquinha:


1 - O que é que os impressiona mais?

Nuno Casquinha - Cheguei aqui em 2012. Pensava que vinha para tourear 10 tardes mas cacabaram por ser 25. depois em 2013 toureei 37. O meu percurso tem sido de menos a mais e no começo foi algo complicado. Ninguém me conhecia mas pouco a pouco começaram a vir às praças e também passei a perceber melhor as tradições locais. Agora sinto-me muito bem.


Antes de vir para o Peru estive no México e na Califórnia (onde os emigrantes portugueses organizam corridas) e não consegui adaptar-me. Porém, por cá sinto-me em casa. A admiração e o respeito da afición são algo que me agrada muito. É algo raro na europa, onde um toureiro é apenas mais um. Aqui somos quase deuses, ou heróis, apenas porque vestimos o traje de luces e por termos oferecido uma tarde redonda nas suas praças. Para mim, isso vale muito mais do que o dinheiro. E há praças muito boas, como as de Huari, Coracora, entre outras, onde chega a se impressionante ver a multidão que assiste à corrida. Gente muito aficionada, que espera desde o meio-dia, por uma corrida de 12 toiros que se inicia somente às 3 da tarde.


2 -  Que toiro de lide encontraram por cá?

Nuno Casquinha - É diferente. Lá os toiros são mais fortes e mais exigentes. Aqui há algumas ganadarias que seleccionam esse toiro, como a de Camponuevo, mas também há muitas outras ganadarias que não o fazem. Lá, é necessário, desde o início de uma faena, mostrar ao toiro quem manda. Aqui é ao contrário, há que deixar o hastado ganhar confiança, para que se entregue e invista. Depois então já se pode atacar o toiro (cruzar e invadir os seus terrenos para citar), sem que se rache. Porém com cuidado. As melhores faenas da minha carreira foram feitas por cá, diante de toiros extraordinários, de classe e nobreza notáveis, que me permitiram desfrutar do seu toureio.

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