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Município de Santa Cruz da Graciosa pretende que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial

Na Ilha Graciosa a Tauromaquia, nas suas mais diversas manifestações, encerra um conjunto de tradições, de artes do espectáculo, de práticas sociais, de rituais e eventos festivos.
21 de Fevereiro de 2013 - 14:28h Notícia por: - Fonte: - Visto: 1838
Município de Santa Cruz da Graciosa pretende que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial

Está a causar grande mal estar nos anti-taurinos deste nosso Portugal uma proposta subscrita por mim, João Manuel Cunha, Presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa, e pelos lideres dos dois Grupos Municipais, PSD e PS, respectivamente João Luís Bruto da Costa e Pedro Miguel Machado da Costa, únicos partidos com representação naquela Assembleia, para que no Município de Santa Cruz da Graciosa, na Região Autónoma dos Açores, a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial.

De forma sumaria devo dizer que entende-se por Património Cultural e Imaterial, as práticas, os usos, os costumes, as representações, as expressões, os conhecimentos e as aptidões sobre uma determinada actividade que é reconhecida por indivíduos, grupos e comunidades. Devo ainda acrescentar que o Património Cultural Imaterial é transmitido de geração em geração, deve ser constantemente recriado pelas pessoas, pelos grupos e pelas comunidades, sempre com o sentimento de continuidade e identidade ao mesmo tempo que contribui para a promoção e respeito pela diversidade cultural.

Na Ilha Graciosa a Tauromaquia, nas suas mais diversas manifestações, encerra tudo isso e tem um conjunto de tradições, de artes do espectáculo, de praticas sociais, de rituais e eventos festivos, de conhecimentos, de práticas e aptidões relacionadas com a natureza e manuseamento dos touros, e até de algum artesanato tradicional, que se encontram desde há muito presentes e vivos no Município de Santa Cruz da Graciosa, encontrando-se mesmo cada vez mais enraizada nas suas gentes. Pode-se mesmo dizer que de todos os Graciosenses raros são aqueles que não gostam da “festa dos touros”.

Assim sendo é, quanto a mim e na opinião de muita gente, da mais elementar justiça que se proponha que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural Imaterial no Município de Santa Cruz da Graciosa.

Não estamos, nem queremos, condicionar ninguém mas é notório que estamos a provocar mal-estar nos anti-taurinos, e ele é de tal maneira notório que, a partir de vários pontos do país, vemo-los a tentar influenciar uma votação que o site “Graciosa Online RTP” tem aberta sobre se a Tauromaquia deve ou não ser Património Cultural e Imaterial no Concelho, e a comentar a noticia daquele mesmo site bem como a noticia da “Rádio Graciosa”.

São de facto de uma grande democraticidade estes senhores que mais uma vez desrespeitam e demonstram a sua intolerância para com todos aqueles que pensam e tem gostos diferentes dos seus, com a agravante de nada saberem sobre as vivências, os usos, os costumes e as tradições da comunidade Graciosense.

Graciosa, 20 de Fevereiro de 2013.

O Presidente da Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa.
João Manuel B. Cunha.

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