No dia 17 de Fevereiro, cerca de duas dezenas (quiçá) de manifestantes da Animal estavam do outro lado da Avenida da República, bem distantes da porta grande do Campo Pequeno.
Segundo a Animal, a PSP bem como a Câmara Municpal de Lisboa receberam, durante a semana passada, inúmeras mensagens de protesto de aficionados, dando conta que seria preferível prevenir hipotéticos incidentes. A PSP assim o fez, alterando o local e garantindo a segurança da dezena de manifestantes e deixando livres os milhares de aficionados que acorreram ao Campo Pequeno.
No dia 17 de Fevereiro a Animal ficou bem lá ao fundo e será bem lá ao fundo que deverá ficar futuramente.
Se dúvidas ainda existissem, esta data demonstrou que a FESTA abandonou em definitivo a atitude passiva para com os antis, que até aqui a caracterizava.
Eis o comunicado da Animal de 16/02/2013:
"Caras/os amigas/os, quanto ao protesto de amanhã, o ponto de acção será junto ao Celeiro do Campo Pequeno e não no local do costume. Devido a várias mensagens que a PSP e a CML receberam da parte daqueles a quem não basta brutalizarem animais defendem também a brutalização de humanos, acharam por bem, para que possamos exercer o nosso Direito Constitucional à Manifestação em segurança, que, desta vez apenas, ficássemos naquele local. Acatámos a decisão destas duas entidades porque não nos parece que seja produtivo estragar anos de uma boa relação institucional por causa de um dia de protesto. Faremos o que temos a fazer, apenas num local diferente (alguns metros mais atrás, mas em frente à Praça). Infelizmente tudo serve de desculpa para quem gosta de violência, e a desculpa desta vez é que estamos ali para protestar contra um forcado, o que é absolutamente falso! Estamos ali como sempre estivemos e estaremos sempre que houver uma tourada. Ponto final!
Longe vão os tempos em que apanhávamos pancada em frente a praças de touros, e não queremos que esses tempos voltem. Não porque tenhamos medo de defender o que está certo, mas porque já não estamos nessa fase e queremos preservar ao máximo a integridade de quem nos oferece o seu apoio. Assim, vimos pedir-vos o máximo cuidado antes e depois do protesto. Os animais não precisam de "heróis", precisam que estejamos todas/os bem para os podermos ajudar. Estas pessoas são extremamente violentas, (nós sabemo-lo bem por experiência própria), quer nos exercícios difamatórios do costume quer de formas ainda mais primárias. Não lhes daremos esse prazer porque sabemos mais do que isso e a razão está do nosso lado. Até amanhã!."
(fotografia PRÓTOIRO)