No espaço de uma semana, três matadores de toiros, Israel Lancho, Juan Leal e José María Lázaro, afirmaram que nesta temporada tiveram de recusar inúmeros contractos para tourearem em Espanha, pois os empresários estão a contratar com montantes bem inferiores aos mínimos legais, estipulados para a contratação de um toureiro.
Sem nunca terem denunciado nenhuma empresa ou empresário em particular, os três afirmaram que esta é uma prática corrente por parte das empresas espanholas, na contratação de toureiros para as diversas corridas por toda a Espanha. Após as recusas, quando saem os cartéis, notam que houve alguém que aceitou submeter-se à ilegalidade, para entrar em Feiras Taurinas e em corridas, neste regime "low cost".
Hoje em dia, estes casos tornaram-se muito frequentes, com os empresários a contratarem os toureiros por valores muito inferiores ao mínimo legal, e logo de seguida, manipulam os contratos para colocá-los de acordo com a lei. Esta prática não é nova e há muito que é conhecida. O que é novo agora é a frequência com que está a ser usada.
Reflexo da crise económica? Israel Lancho, Juan Leal e José María Lázaro julgam que a crise serve como desculpa para que os empresários actuem desta forma, para assim conseguirem extrair maiores rendimentos.
A desvantagem é que as afirmações de Israel Lancho, Juan Leal e José María Lázaro são apenas um exemplo. Haverá certamente muitos mais casos, mas por medo de no futuro não serem anunciados em mais cartéis, nenhum outro toureiro entendeu denunciar nenhum outro caso, com medo de represálias.