A segunda mesa redonda sobre Cultura e tauromaquia teve lugar no instituto Cervantes hoje às 19:00. Não foi um debate mas sim uma conversa entre seis elementos e o público da sala. Faziam parte da mesa José Potier, António Lázaro (jornalista), Rita Silva (directora da animal), Emílio Crespo (moderador), Jorge Alberto Yarte Sada (aficionado) e José do Carmo Reis (Prótoiro). (em ordem da esquerda para a direita nas fatografias).
Após umas breves palavras de Emílio Crespo, mostrando a sua posição de neutralidade como moderador, foi dada a palavra a José do Carmo Reis. Este defendeu a tauromaquia como cultura própria de um povo e de um lugar, referindo uma estimativa feita a pedido da protoiro cujos resultados mostram que 89 % da população portuguesa não é a favor da abolição das corridas de touros. Acusou ainda os anti-taurinos de não apresentarem uma maneira de abolirem as corridas (querendo apenas abolir) e de se movimentarem apenas virtualmente.
Falou de seguida José Potier referindo o slogan da mesa redonda: “Ni toros si/ni toros no”, como sendo hino e expressão da liberdade de se gostar ou não de touros. Justificou também que a tauromaquia é uma cultura que percorre todo o país, mostrando os resultados da sondagem mandada fazer pela Prótoiro que assim o provam.
Em terceiro lugar falou Rita Silva, única oradora defensora de uma posição diferente. Começou por sublinhar que se dá bem com aficionados, independentemente das suas convicções. Afirmou que consegue ver a tauromaquia como cultura e até expressão artística mas ao implicar a presença de um animal que não está ali de sua vontade, todo o espectáculo se torna eticamente errado. Respondeu ainda a afirmações feitas por José Potier, dizendo que não interessava o número de manifestantes mas sim a causa que os mova.
Em quinto lugar falou José Alberto Yarte Sada começando por falar da extensão da tauromaquia como cultura à América Latina desenvolvendo-se no México com especial relevo. Falou também do gosto pelos touros que não é genético mas sim adquirido. Terminou dizendo que quando chegou a Portugal quis ir ao Campo Pequeno mas como este estava encerrado explorou praças de província conhecendo o país.
Por fim falou António Lázaro, dizendo que não era aficionado mas fascinara-se pela arte da Tauromaquia com todas as suas regras e costumes, continuando a ir às corridas para encontrar todo aquele ambiente e emoção envolventes.
A mesa redonda terminou com um pequeno debate entre público e oradores não saindo vencedora nenhuma das partes.