O Instituto Nacional de Estatísca (INE) revelou no final de 2011, os dados relativos aos espetáculos culturais de 2010.
Parco em informação taurina, o relatório do INE revela que a tauromaquia é a 3ª actividade cultural do País com os preços mais elevados na bilheteira. O relatório revela ainda um aumento de venda de bilhetes em relação ao ano anterior e um consequente aumento de receitas.
O dado curioso deste relatório, é o de somente 45% do total de espectadores em 2012, terem pago bilhete para assistirem aos espetáculos.
Segundo o INE,
Em 2010 realizaram-se 30 088 sessões de espetáculos ao vivo, com um total de 10,2 milhões de espetadores, dos quais 4,6 milhões pagaram bilhete, gerando receitas no valor de 85,2 milhões de euros. Face ao ano anterior, verificaram-se aumentos de 4,4% no número de sessões, 10,3% nos bilhetes vendidos, 0,2% no número de espetadores e 35,8% nas receitas de bilheteira.
O teatro foi a modalidade que continuou a ter maior número de sessões (42% do total), porém foram os concertos de música ligeira que tiveram o maior número de espetadores (3,8 milhões) e de receitas de bilheteira (50,3 milhões de euros), a que correspondeu um preço médio por bilhete de 28,5 euros. As receitas de bilheteira geradas pelo teatro foram de 8,2 milhões de euros (menos 22% face ao ano anterior), correspondendo em 2010 a um preço médio por bilhete de 9,1 euros.
Os concertos de música clássica, os espetáculos de variedades e o folclore representaram 8,4%, 6,7% e 5,2% respetivamente, do total de espetadores. As receitas de bilheteira geradas pelas modalidades referidas foram de 3 milhões de euros (música clássica e variedades) e 49,1 mil euros para os espetáculos de folclore.
Os concertos de música ligeira foram os espetáculos com o preço médio por bilhete mais elevado (28,5 euros), seguindo-se a ópera (26,8 euros), a tauromaquia (21,4 euros), o circo (15,8 euros), a dança moderna e os espetáculos de variedades (14 euros).
Por regiões, os recintos de espetáculos localizavam-se predominantemente nas regiões de Lisboa (26,7%), Centro (25,1%), Norte (24%) e Alentejo (13,1%), que em conjunto ofereciam 90,2% da lotação total.