Os participantes no II Fórum Mundial da Cultura Taurina, celebrado na Ilha Terceira, concluem que uma informação taurina verdadeira e de qualidade, e uma comunicação livre e positiva dos valores da festa dos toiros, são vectores fundamentais para difundi-la e defendê-la no seio da sociedade e face aos diversos ataques políticos, mediáticos e radicais que o espetáculo tem vindo a sofrer.
Neste sentido, manifestam a sua repulsa mais firme pelas restrições à liberdade de expressão e ao direito dos pais à livre educação dos seus filhos, restrições essas que alguns governos estão a levar a cabo através de medidas abolicionistas das corridas de toiros e da proibição de entrada dos menores de idade nas praças.
Felicitam-se ainda os êxitos obtidos em defesa da Festa alcançados em França pelo Observatório das Culturas Taurinas, ao conseguir a declaração do toureio como Património Cultural da nação, e o mais recente da federação Protoiro, que contribuiu para que fosse recusada uma petição abolicionista no Parlamento de Portugal.
Por seu turno, este Fórum aplaude de pé a exemplar e inteligente tenacidade da associação “Somos Ecuador” durante a desigual batalha mantida contra o estado equatoriano na sua pretensão de suprimir a sorte suprema no país equinocial, campanha que deve servir de modelo de ativismo tanto nos seus aspectos legais como de imagem.
Desde Angra do Heroísmo, como centro geográfico da tauromaquia, consideramos que a informação taurina tem de recuperar o espaço perdido nos meios de comunicação, e que os jornalistas que se dedicam ao seu exercício devem fazê-lo com independência e em condições laborais dignas que garantam o seu profissionalismo.
Igualmente, instamos os aficionados a manifestarem-se de uma maneira combativa e coesa, usando as redes sociais e as novas tecnologias da comunicação como armas de militância em defesa de uma cultura taurina que une milhões de pessoas em todo o Mundo.
O espírito construtivo que surgiu nos Açores há já três anos neste mesmo Fórum manifesta-se uma vez mais, propiciando a união dos jornalistas taurinos do Mundo através de um projeto associativo, com sede na Ilha Terceira, e a criação de uma rede de aficionados que aprofunde o ativismo taurino através das novas tecnologias.
Os organizadores do II Fórum Mundial da Cultura Taurina agradecem a todos os que contribuíram para esta confluência de ideias a favor da Festa e espera poder contar com a presença de todos no próximo encontro, nesta ilha, no meio do Atlântico, daqui a dois anos.