Segundo o portal taurino espanhol mundotoro.com, o ganadeiro Moisés Fraile, proprietário da ganadaria El Pilar, congelou num processo post mortem, o esperma do segundo toiro da última corrida de Barcelona, lidado por José Tomás e ao qual cortou duas orelhas com forte petição para rabo.
Sobre o processo de congelamento pós-morte o ganadeiro explica: "cortámos os testículos e congelámo-los. Posteriormente são enviados para laboratório onde o sémen é retirado e colocado em tubos de ensaio congelados, para depois servirem para a reprodução. O passo seguinte é inseminar com mais ou menos vinte vacas que já tenho em vista e esperar pelos resultados."
O portal taurino explica que este procedimento conta já com 20 anos de experiência num laboratório em Talavera de la Reina, que efectua o processo de congelamento post mortem entre 40 a 50 touros por ano.
Segundo o veterinário Antonio Gómez Peinado: "O touro de lide é pioneiro nesta área. Os ganadeiros é que sabem avaliar o touro em praça. Numa corrida, o ganadeiro vende o touro e a carne, mas a genética não é vendida, é como está especificado no contrato. Com o número de touros que vêm até nós, esta parece ser a fórmula com que os ganadeiros podem beneficiar das qualidades dos seus exemplares que morrem em praça. Quando eles chegam aqui, analisamos as características físicas e biológicas, verificamos se as doses estão em condições óptimas e posteriormente são armazenadas a 200 graus Celcius negativos. Depois temos de esperar pelos resultados de análise sanitária e devolvemos as amostras aos ganadeiros, que as conservam nas suas ganadarias. Actualmente possuímos um banco de amostras de germoplasma (plasma seminal) com cerca de 70000 doses. "