Ricardo Porto Nunes tem 36 anos e é o cabo do Grupo de Forcados Amadores de Arronches desde 2006, recebendo o testemunho do anterior cabo, Joaquim Praxedes.
Fardou-se pela primeira vez a 12 de Junho de 1999 na praça de Arronches.
(A fotografia foi retirada da página do grupo)
Tauródromo - Como considera que correu a temporada 2011 para o grupo?
Ricardo Nunes - A temporada foi positiva, já que mantivemos o número de festejos e não aconteceram lesões de gravidade assinalavel.
T - Quais os melhores e piores momentos do grupo na temporada 2011 que gostaria de destacar?
RN - Os melhores momentos foram vários, mas posso destacar aqueles em que o Grupo se deslocou a Espanha, onde continuamos a cimentar amizades e a aumentar admiradores, pela nossa arte de pegar touros. Em Portugal, o festival Luis Fagundes na Ilha Terceira, a corrida de Castro Marim e os trofeus ganhos em Ferreira do Alentejo, Arronches e Azambuja.
T - Qual a ganadaria que o grupo mais gostou de pegar na temporada 2011?
RN - Na minha opnião foram três, Badhia Hermanos em Marbella, Fernando dos Santos em Albufeira e José Dias na Azambuja.
T - No defeso, há possibilidade de rumar ao estrangeiro para pegar?
RN - Há sempre. Nós vamos sempre que possivel a Espanha. Para o outro lado do oceano tambem já houve dois convites mas faltam os euros para as passagens aéreas.
T - A temporada de 2012, será finalmente a temporada com bandarilhas de segurança?
RN - Penso que sim e se depender de nós como associados da ANGF, será certamente. Mas na minha opiniao o perigo continua a estar presente, já que tenho constatado que as mesmas ficam à superficie da pele do touro, o que faz com que os arpoes se virem e continuem a provocar imensos cortes.
T - Na temporada de 2012, prevê-se uma diminuição do numero de corridas a realizar com o acréscimo do valor do IVA. O que espera da temporada de 2012?
RN - O verdadeiro aficionado vai continuar a enfiar a "cabeça no buraco" e a ir aos toiros. Aqueles que iam para se presumirem, irão a menos mas vão na mesma. Quanto aos empresários, que serão os que irão sofrer mais no total das despesas, terão que repensar os moldes e as "linhas com que se cozem".
Desejo uma temporada de 2012 repleta de sucesso, entendimento e saude, para todos os agentes da Festa.