O curro de toiros da Herdade de Rio lidados na tarde de domingo, pediu contas e muito labor aos três cavaleiros, sem que em geral estes tenham conseguido dar-lhes a volta e sobrepor-se.
Luis Rouxinol foi o único dos três cavaleiros que pode brilhar. Abriu a tarde frente a um colaborante e esteve ao seu estilo alegre, chegando as bancadas quase vazias do taurodromo montijense. No segundo sentiu dificuldades acrescidas já que o exemplar só investia para colher, pelo que a lide foi abreviada.
Gilberto Filipe lidou primeiro um toiro que colaborou mas frente ao qual o cavaleiro não esteve superior. Andou acelerado e cumpriu sem deslumbrar. No seu segundo toiro o cavaleiro não esteve bem. Deixou-se levar pelas dificuldades do manso e reservado e só se entendeu no fim da lide com três ferros de catálogo (o que podia ter acontecido antes).
Manuel Lupi foi quem mais se entregou em ambas as lides. Sem matéria-prima no seu primeiro, experimentou vários terrenos e andou sempre esforçado mas sem êxito. O seu segundo, embora um pouco melhor que o primeiro não tinha classe nem emprestava emoção às sortes, pelo que não obstante as execuções correctas não chegou ao público.
Por fim, o espada espanhol Octavio Chacon, que toureou entre as duas partes da corrida, veio ao Montijo dar o tudo por tudo. Actuou graciosamente e lidou um toiro que o próprio comprou - ilusionado e cheio de vontade conquistou o público. A faena primou pela plástica, quer no capote quer na flanela, onde o matador levou o toiro humilhado por ambos os pítons.
O capítulo das pegas foi cumprido com algumas dificuldades pelos três grupos de forcados.
TERTÚLIA TAUROMÁQUICA DO MONTIJO
Marco Santos - 1ª Tentativa
Luís Carrilho - 2ª Tentativa
AMADORES DO MONTIJO
Ricardo Almeida - 2ª Tentativa
Élio Lopes - 2ª Tentativa
AMADORES DE CASCAIS
Joel Zambujeira - 2ª Tentativa
Luís Amador - 1ª Tentativa
Os dois prémios - melhor lide a cavalo e melhor pega foram respectivamente entregues a Luís Rouxinol e a Marco Santos da Tertúlia Tauromáquica do Montijo.