Manuel Jimenez Diaz " Chicuelo II ", foi um toureiro nascido em Cuenca em 16 de Junho de 1926.
O " apodo " de Chicuelo, foi-lhe atribuido devido aos primeiros nomes deste toureiro, serem os mesmos dos do toureiro sevilhano Manuel Jimenez " Chicuelo " e também pela sua velentia, fleuma e arrojo perante de todo o tipo de toiros. Segundo testemunhos dessa época, alguns toureiros mandavam alterar os cornos dos toiros para que eles ficassem mais sensíveis ao roçar o capote e assim investirem de uma forma mais " retraída " devido á dor, não expondo o toureiro a tão evidente perigo.
Trabalhou na sua juventude como empregado de um Bazar, alternando o seu trabalho com os treinos, lidando vacas ás escondidas no matadouro local, do qual tinha uma duplicação da chave da porta, de modo a poder entrar á sucapa com o objectivo de lidar os animais que iam ser abatidos no dia seguinte.
Começou a sua carreira a lidar vacas e toiros verdadeiros, nas " capeas " de todas as provincias contíguas a Cuenca, desafiando a morte com destreza em praças improvisadas, sem condições de segurança e onde os populares e assistentes levavam uma vara aguçada com que " incentivavam " os toureiros e os " empurravam " para dentro do ruedo, ás vezes directamente para a morte.
Tirou a alternativa em Valência no ano de 1953, das mão de Domingo Ortega e testemunha Dâmazo Gómez, com toiros de Cobaleda, lidando o toiro " Palomito " de sómente 338Kg e confirmou a mesma em Las Ventas durante os festejos de Santo Isidro no ano de 1954.
Do alto dos seus 1.50m de altura, a sua técnica apurada de capote, muleta e espada, na hora de matar, foram os seus maiores atributos a somar á sua estraordinária coragem.
Em 21 de Janeiro de 1960 foi vitima de um acidente de aviação, aquando de uma escala Nova York- Bogotá, pois tinha optado por este itinerário devido á necessidade de comprar nos E.U.A. peças sobressalentes para o seu Cadilac. Nesse mesmo desastre, faleceram mais 39 pessoas, tendo apenas sobrevivido 9 dos passageiros.