Rodrigo Díaz de Vivar, conhecido por El Cid ( Sidi ou senhor em árabe ), foi um notável e corajoso cavaleiro medieval, guerreiro e mercenário. Nasceu perto da cidade espanhola de Burgos no ano de 1043, tendo falecido em 1099 na cidade de Valência.
Quando da morte de Fernando I, Rei de Castela-Léon, os herdeiros deste monarca, Alfonso e Sancho disputaram violentamente a sucessão e a posse dos reinos de Castela-Léon, tendo Sancho sido assassinado, supostamente por um agente de Alfonso que mais tarde seria o rei Alfonso VII. Na sua coroação, El Cid obrigaria Alfonso a jurar solenemente que não teria tido nada que ver com a morte do irmão Sancho de quem fora amigo e companheiro de infância.~
A partir dessa altura, as relações com o monarca jamais foram as mesmas e consta mesmo que ao tomar aos mouros a cidade de Sevilha, a mando do Rei, El Cid terá ficado em posse de todo o ouro e espólio, não o devolvendo ao Rei Alfonso.
Foi desterrado para Valência, onde terá feito amizade com o rei mouro Al-Cádir, pondo os seus serviços guerreiros ao serviço deste. Mais tarde este rei mouro foi assassinado por Ben Yennhaf ocupante almorávida da cidade de Valência. El Cid mandou vingar a morte do seu amigo mouro, matando e queimando vivo o assassino e não poupando inclusivé a sua família.
A par de todas estas aventuras, El Cid agora Rei de Valência, embora em teoria, subdito de Alfonso XII, estatuto que o próprio Rei lhe reconhecia, com temor ao Cid, tal era a sua fama de guerreiro e carácter
dominador, entretinha-se nos preparativos para as batalhas, treinando os seus dotes de cavaleiro com uma lança ou mesmo uma espada, na lide de toiros bravos a campo, onde por vezes e para gáudio da assistência, chegaria mesmo a aniquilar tais animais.
O magnifico pintor espanhol Goya, retrata em algumas pinturas dedicadas " à festa ", El Cid picando toiros a campo e exibindo os seus grandes dotes de " toureiro ".
Os seus restos mortais estão sepultados na Catedral de Burgos, cidade da provincia de Castilla-Léon.