Joaquín Rodríguez Ortega “Cagancho”, nasceu a 17 de Fevereiro de 1903, no Bairro de Triana em Sevilha. Seu pai era ferreiro e seu avô era cantor de flamenco.
Toureou a primeira bezerra com a idade de 15 anos, e debutou ou estreou-se em público vestindo de luces com vinte e um anos na Praça de Toiros de San Fernando (Cádiz), um ano depois apresentou-se na Real Maestranza de Caballeria de Sevilha, participando numa novilhada nocturna.
Tomou a alternativa de Matador de Toiros a 17 de Abril de 1927, na Praça de Toiros de Murcia, tendo como padrinho Rafael Gómez “El Gallo”, e como testemunha Manuel Jiménez “Chicuelo”, outras grandes figuras da época de então, lidando Toiros da Ganadaria de Carmen de Federico.
Nessa mesma Temporada confirmou a alternativa na Monumental Praça de Toiros de “Las Ventas” em Madrid, na tarde de 27 de Junho, tendo como padrinho “Valência II” e como testemunha Marcial Lalanda, lidaram-se Toiros da Ganadaria de Maria Montalvo.
“Cagancho” alternou com todas as distintas Figuras das diferentes épocas, durante a sua prolongada vida taurina, ainda que não participasse num grande número de corridas por temporada
A fama de “Cagancho” estendeu-se até ao Mexico no ano de 1928, onde se estreou, passando a ser ídolo da aficion mexicana.
Trinta anos depois como Matador, concedeu a alternativa aos diestros Miguel Baez Espuny “Litri” e Julio Aparício.
Teve muitas tardes de insucesso artístico, pelo que se via obrigado a sair das arenas sob protecção policial. Teve de facto mais de insucesso do que sucesso. Acontecendo por vezes que a autoridade lhe impusesse prisão preventiva, pois assim queriam lhe demonstrar que os toiros que vinham dos curros eram para serem lidados. Mas a fama não lhe vinha, pelas suas tardes de azar, as quais eram em maior número do que as tardes de sucesso, mas sim pelo sentimento do seu toureio que não tinha imitação, pois com o capote alcançava posições estéticas de qualidade e surpreendentes.
Os melhores momentos de “Cagancho” nos quais conseguiu um equilíbrio entre a arte da sua exuberância e o conhecimento dos cánones da tauromaquia, tiveram lugar quando finalizavam os anos vinte, e dai em diante foi um toureiro em contínua decadência, mas cuja genialidade se produzia tarde após tarde que de novo ressurgia com brilhantez.
Foi no México, onde fez a sua ultima corrida na Temporada de 1953-54, e a partir dai passou a ser sua segunda casa neste pais, onde viveu a última etapa da sua vida.
Ao longo da sua carreira fez 1.350 Corridas.
O Diestro morreu com a idade de 81 anos no México, vitima de Cancro nos pulmões, no Sanatório Espanhol, estava na companhia de seu filho Joaquín Rodríguez, também matador de toiros mas retirado das arenas.