O Conde dos Arcos, filho do Marquês de Marialva que foi o " estribeiro-mor " de El- Rei D.José I, morreu perfurado por um toiro, oriundo da Tapada Real, numa corrida em Salvaterra de Magos onde se lidaram toiros desembolados ou " à espanhola ".
Assistia a esta corrida El-Rei e a sua corte engalanados com ricas vestimentas, magnificos chapéus de plumas, trajes esses adornados com lancinantes bainhas de espadas à cintura da fidalguia, trajando o próprio Conde de veludo preto " à francesa " antecipando, desde logo, algum tipo de luto.
A tragédia deu-se e a morte de tão exuberante fidalgo, encheu de tristeza e mágoa a todos os presentes incluindo a El-Rei que cobriu a cara várias vezes diante de tão triste acontecimento.
Sebastião de Carvalho e Melo, primeiro-ministro do Reino, acabara de chegar ao local e confrontado com os factos, induz e convence a El-Rei a terminar com estes espectáculos, com a desculpa de que o desperdício da vida de mancebos frente a um toiro, ainda por cima agora que Espanha iria para a guerra com Portugal, era concerteza desnecessário, pois iriam ser precisos todos os homens válidos daí por diante. Sofrendo uma vez mais da influência dominadora do Marquês de Pombal, El-Rei manda proibir imediatamente todas as corridas de toiros, até que o seu reinado perdure.