Pouca gente nas bancadas de Coruche para assistir à corrida da juventude, a qual chegou mesmo a ficar comprometida pela forte chuva e trovoada que se fizeram sentir ao quarto toiro, o que fez com que muito gente abandonasse as bancadas e que os restantes assistissem de pé ao final da corrida.
Na verdade muito pouco competitivos foram os jovens ginetes que ali se apresentaram e que pouco mais do medíocre passaram.
Manuel Telles Bastos andou melhor na primeira lide que na segunda. Foi correcto e ao seu estilo próprio sem deslumbrar, apesar de se ter adornado com alta escola ficaram a dever-se argumentos mais sonantes.
Marcos Bastinhas tentou chegar ao conclave com adorno das sortes mas estas foram cravadas com demasiada velocidade para um verdadeiro luzimento. Logrou alguns apontamentos estéticos de nota como os palmos à meia volta e a recepção à porta gaiola sem que num geral tivesse triunfado.
Tiago Carreiras não foi também afortunado com a inspiração e como tal passou sem deixar marcas. A primeira lide primou pela correcção e a segunda, na qual queria apostar forte ficou comprometida pelas dificuldades que encontrou com a escolha dos terrenos. Inconsequente mas aparatosa foi a colhida à montada estrela que terminou ainda a lide com mais duas cravagens mas sem já dar muito de si.
Pelos Amadores de Montemor:
Manuel Ramalho - 2ª Tentativa
Filipe Mendes - 1ª Tentativa
Pedro Barradas - 1ª Tentativa
Pelos Amadores de Coruche:
Luís Carlos Gonçalves - 3ª Tentativa
José Tomás - 2ª Tentativa
Pedro Galamba - 1ª Tentativa
João Maria Branco foi o único a quem se notou a vontade de competir e ganhar a competição. Coube-lhe lidar o novilho mais bravo e duro da Ganadaria do Mestre David Ribeiro Telles. Adiantava-se num galope de muito sentido e investia pela certa, inesperado. O jovem ginete recebeu uma violenta cornada contra as tábuas, que o deixou visivelmente magoado mas a vontade foi bem maior e assim saiu do redondel coruchense em plano de destaque: foi correcto nas cravagens compridas, mostrou adorno e toreria nas cravagens curtas e não se intimidou com o enorme sentido que revelava o exemplar. Por duas vezes viu-se comprometido em terrenos de tábuas mercê das desatenções ou pouco cuidado dos peões de brega.
A dificil pega deste exemplar foi efectuada pelo cernelheiro de montemor - João Santos e rabejador de Coruche - Miguel Ribeiro Lopes. Depois de duas entradas frustradas pela dureza do novilho, consumaram decididos à terceira recebendo uma meritória ovação, já que apesar de violentamente corneados não desistiram da pega, depois dos dois primeiros avisos pelo director.
Destaque-se o excelente trabalho de ambos os campinos - um trabalho como raramente se tem visto.
Jovens pouco competitivos
O triunfo de João Maria Branco e o bom jogo dos novilhos de Ribeiro Telles são os melhores destaques deste espectáculo.
28 de Setembro de 2009 - 19:34h | Notícia por: Sara Teles - Fonte: - Visto: 1114 |