António Garçoa - que dirigiu a última corrida da feira da Moita, foi indolentemente desrespeitado quando preparava a bitola para despontar as hastes dos exemplares com que João Augusto Moura se encerraria.
O bandarilheiro Pedro Gonçalves, que justificou a sua atitude com a defesa de João Augusto Moura e respectiva quadrilha, afrontou directamente o director atirando ao chão a bitola que lhe retirou das mãos.
A azeda troca de palavras passou pela explanação das razões de um e outro interveniente:
Por parte de Garçoa, "para além do devido cumprimento do regulamento, a importância da Feira, as excelentes condições da enfermaria e meios de socorro, o respeito que se deve ao aficionado e qualquer público" impunham a utilização da bitola.
Por Pedro Gonçalves a segurança e a responsabilidade de João Augusto Moura se encerrar com os seis exemplares deviam falar mais alto.
O director viu-se forçado a chamar os empresários a fim de afastar Pedro Gonçalves dos trabalhos que lhe cabiam levar a cabo, enquanto delegado técnico, antes do início do espectáculo e cumpriu assim "a olho" os 12 mm que impõem o regulamento.
António Garçoa garante que tornará pública a situação, já que a considera inadmissível, não só pelo desrespeito de que foi alvo como pelo que representa para a Festa a usurpação daquelas funções que cabem em exclusivo aos delegados técnicos tauromáquicos.
Acrescentou-nos ainda o director que apesar de a atitude haver partido exclusivamente do bandarilheiro Pedro Gonçalves e de João Augusto Moura haver tentado apaziguar a situação da melhor forma possível, não deixará de elaborar o devido relatório para a IGAC, descrevendo pormenorizadamente o sucedido.
Com ou Sem Bitola? Desentendimento na Moita
O director de corrida António Garçoa foi forçado a não utilizar a bitola para despontar as hastes dos exemplares a lidar por João Augusto Moura.
19 de Setembro de 2009 - 23:00h | Notícia por: Sara Teles - Fonte: - Visto: 1353 |