Com alternativa tomada em 1998, Rui Fernandes é agora, aos seus 30 anos um dos cavaleiros mais estimados pela aficion portuguesa, tendo também enormes triunfos no país vizinho e America Latina.
Integrando um dos cartéis para as importantes corridas do Barrete Verde de Alcochete, Rui Fernandes foi entrevistado pelo jornal da região (Jornal de Alcochete), que no seu apoio à Festa Brava publicou em edição digital a entrevista que se segue e que damos por integralmente reproduzida.
Jornal de Alcochete - Porque decidiu ser toureiro?
Rui Fernandes - O eu pai e o meu avô gostavam de cavalos e eram muito aficionados, apesar de nunca terem sido profissionais. Desde muito novo dia que queria ser toureiro. Ao principio não me levavam muito a sério, mas mais tarde, com a ajuda de alguns amigos do pai pai, lá consegui. Hoje estou muito contente por ter optado por esta profissão.
JA - Como classifica o seu estilo de toureio?
RF - Cada um tem o seu estilo. Eu toureio sempre com verdade. Gosto de tentar várias sortes diferentes e acho que é essa a magia da festa brava.
JA - Como recorda o dia da sua alternativa?
RF - Foi o dia mais marcante da minha carreira e da minha vida, já lá vão onze anos. Não podia ter corrido melhor. Tive João Moura e o Pablo Hermoso de Mendoza como testemunha.
JA - Que outros momentos considera mais importantes na sua carreira?
RF - Recordo quando saí em ombros da praça de toiros de Madrid, quando saí pela Porta do Príncipe em Sevilha e quado cortei uma orelha numa praça de toiros do México.. Foram momentos muito marcantes e gratificantes.
JA - Como está a correr a temporada até ao momento e quais as perspectivas até ao final?
RF - Estou a passar por um nível bastante alto, mesmo com precalços. Acho que estou a atravessar um bom momento e espero que até ao final da temporada corra tudo bem.
JA - Quais os seus objectivos para o futuro?
RF - O meu objectivo é chegar o mais alto que possível em Portugal e nos outros países em que toureio e chegar a ser uma figura máxima da tauromaquia.
JA - Quais as praças de que mais gosta?
RF - Da Praça do campo pequeno, que é a mais importante do País. Outras praças como as de Alcochete e da moita também me dizem muito, porque estão perto da terra onde nasci.
JA - Qual a sua opinião sobre Praça de Toiros de Alcochete?
RF - É uma praça em que o público está muito perto de nós. E quando as coisas correm bem há um vibrar diferente. É um público com uma aficion grandíssima.
JA - Conhece as Festas do Barrete Verde e das Salinas, de Alcochete? Qual a sua opinião sobre as festas?
RF - Em miúdo ia muito às festas, principalmente para ver as largadas, pois tenho família em Alcochete. Agora vou menos porque a vida não o permite.
JA - O que espera da corrida de toiros a 11 de Agosto, na praça de Alcochete, com Vítor Ribeiro, João Telles Júnior e os forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete e Amadores de Coruche?
RF - É um cartel jovem, com todos os ingredientes para que as pessoas que forem à praça de toiros não se sintam defraudadas.
JA - Os toiros da ganadaria Fernandes de Castro prometem boas lides?
RF - É uma ganadaria com toiros grandes. Espero que os toiros colaborem nas lides.
JA - Sofreu um acidente há pouco tempo. O que aconteceu? Está já totalmente recuperado?
RF - Parti o rádio em dois sítios e mais outro osso. Estou a fazer fisioterapia e ainda não posso mexer o pulso. É por isso que uso uma protecção de carbono. Estou a recuperar. Bem. Há que ter fé e trabalhar.
(AO)
N.B.: Cartel 11 de Agosto - Alcochete
Rui Fernandes
Vitor Ribeiro
João Telles Jr.
Barrete Verde de Alcochete
Amadores de Coruche
Ganadaria de Fernandes de Castro
