Rui Diaz é natural de Estarreja, nasceu no seio de uma família sem tradições taurinas. O sonho de querer ser Toureiro falou mais alto e recentemente mudou-se de malas e bagagens para a quinta da Amorosa, em Bucelas. É lá que passa os dias a montar. No dia 3 de Maio de 2013 faz a sua estreia em público em Tolosa, Portalegre.
Taurodromo:Como nasceu o gosto pelo toureio a cavalo?
Rui Diaz:Desde pequenino que sempre quis ser toureiro, nunca houve essa oportunidade. Na zona norte nunca houve muitos toureiros. É uma zona onde muita gente gosta de Tauromaquia.Comecei nos cavalos aos 6 anos, num centro hípico. Em 2005 entrei no curso técnico de gestão em Alter do Chão até 2008. Entretanto conheci o David Oliveira que me abriu as portas de casa dele e me permitiu realizar o meu sonho. Mudei-me para cá, estou a treinar para que tudo vá a bom porto.
T:Quem é o Rui Dias?
R.D:Sou uma pessoa perfeccionista, muito simples, julgo que é fácil gostar de mim. Sou muito teimoso, divertido e muito persistente em relação ao que quero. No norte nunca houve essa oportunidade de tourear, agora que essas portas foram abertas, aqui no picadeiro em Bucelas desde o David ao senhor Filipe todos têm sido uma família para mim, uma grande ajuda. Estou a começar espero ser alguém no mundo dos toiros.
T:Para quando a sua apresentação em público?
R.D:A minha apresentação em público vai ser no dia 3 de Maio em Tolosa, Portalegre. Espero que tudo corra bem.
T:Quanto aos cavalos vai utilizar de momento a quadra do David Oliveira?
R.D: Vou utilizar alguns cavalos do David Oliveira porque até ao momento não tinha cavalos para tourear. Deram-me essa oportunidade, é um sinal de confiança. É com eles que vou começar.
T:Quais são as suas referências no toureio a cavalo?
R.D: A minha maior referência, é o Pablo Hermoso de Mendoza. Espero um dia vir a ser como ele. Quanto a toureiros portugueses, o Rui Fernandes, o David Oliveira que é um grande cavaleiro foi campeão do mundo de Equitação de Trabalho, como toureiro a pisar os terrenos aos toiros, e a pisar as praças em que já toureou é muito importante. Para mim é um ídolo e um amigo.
T:Gosta mais do toureio clássico ou mais irreverente, ou ambos são fundamentais?
R.D: Ambos são um pouco homogéneos. Gosto do clássico, mas também o toureio moderno é importante. Temos de chegar ao público, até porque temos de agradar a vários públicos, uns que entendem mais que outros, embora todos eles com a sua afición. Temos de nos enquadrar para fazer as coisas bem é fundamental saber o que fazemos dentro da arena.
T:Quais são as suas ilusões?
R.D: Estou com as pessoas certas que me acarinham. Que tudo corra bem, e que eu possa um dia ser figura do toureio. Nisto dos cavalos não temos horas, portanto é treinar até à noite, para que tudo resulte da melhor forma. Nada se faz sem trabalho.
T:Como ocupa os tempos livres?
R.D:Estou sempre a treinar, mas também jogo futebol é importante manter a forma física “corpo são, mente sã”, estou com os meus amigos, sou uma pessoa simples.
T:Quais são as características fundamentais para ser toureiro?
R.D:Primeiro à que ter humildade, respeitar os nossos colegas. Temos que treinar, ser lutadores não desistir à primeira falha. Quando as coisas não correm bem, não podemos ter a nossa auto-estima em baixo, temos de pensar em dar sempre a volta por cima. Estes são alguns dos pontos importantes para se ser figura e acima de tudo ter algum talento também.
T:Acha que esse talento nasceu consigo?
R.D:Não sei se posso chamar um talento, vamos ver daqui a uns tempos. Isto nasceu comigo, a minha família nunca foi ligada aos cavalos, sou o primeiro a estabelecer esta ligação normalmente os toureiros são filhos de toureiros, no meu caso não. Também tem que haver alguém para começar (risos).