António Maria Alfacinha, é o cabo do Grupo de Forcados Amadores de Évora desde Novembro de 2011, sucedendo a Bernardo Patinhas.
Tauródromo (T) - Como considera que correu a temporada 2012 para o grupo?
António Alfacinha (AF) - Fazendo um balanço da época que acaba de findar, concluo que foi um ano com entrada de muita rapaziada nova. Nos muitos treinos que fizemos tivemos imensos jovens forcados que apareceram a quererem vir a pertencer a esta grande família, o Grupo de Forcados Amadores de Évora.
T - Pegaram um total de 14 corridas, certo? Quais os melhores e os piores momentos do grupo na temporada 2012 que gostaria de destacar?
AF - Relativamente às actuações em praça no decorrer da época, actuámos por catorze vezes, em onze corridas de touros e três festivais taurinos. Um número que considero ser baixo para o nosso grupo e ainda para mais com o elevado número de jovens que começaram a acompanhar o GFAE. Necessitamos de mais corridas para poder dar oportunidades aos mais novos e uma maior rodagem a todos os outros elementos. Quanto às actuações propriamente ditas, pisámos arenas importantes como: Lisboa, Moita do Ribatejo, Reguengos de Monsaraz e claro, a nossa Arena de Évora. Tivemos tardes e noites de triunfos e outras que não foram tão redondas, talvez devido ao baixo número de espectáculos, por vezes com meses preenchidos somente com uma ou duas actuações. Mas isso é um factor externo ao grupo, ao qual nada podemos fazer e assim aguardamos no nosso lugar, dignificando sempre a imagem do forcado amador.
Para destacar alguns dos melhores momentos do ano, destaco a corrida do 15 de Agosto em Reguengos, com três boas pegas ao primeiro intento frente a touros de Ortigão Costa. Um bom momento também foi a viagem até ao arquipélago dos Açores, à ilha de São Jorge. É sempre muito bom fazer uma digressão para unir ainda mais todos os elementos. Pela negativa só tenho a referir, o baixo número de espectáculos para o qual fomos contratados…
T - Qual ou quais a(s) ganadaria(s) que o grupo mais gostou de pegar na temporada 2012?
AF - Não vou destacar nenhuma ganadaria, pois em todas as corridas há touros bons e outros menos bons.
T - Neste defeso, há possibilidade de rumar ao estrangeiro para pegar?
AF - Este ano ainda não tivemos nenhum contacto para tal. Mas que seria de nosso agrado, isso seria.
T - 2012 foi mais uma temporada sem bandarilhas de segurança. Como vê o permanente adiar da entrada em vigor do novo regulamento taurino?
AF - É uma falta de respeito para com os forcados, depois de tantos acidentes e de inúmeros testes às novas bandarilhas, continuar tudo na mesma. Acho que o forcado amador merecia mais respeito por parte de todos os elementos da festa dos touros, pois se há um pilar nesta tradição tão nossa, esse pilar somos nós… os Forcados.
T - Na temporada de 2013, o grupo completará 50 anos desde a data da sua fundação. Estão a preparar algo especial para comemorarem uma data tão redonda?
AF – Exactamente, na temporada de 2013 comemoram-se os cinquenta anos de fundação. São cinquenta e uma épocas a pegar touros ininterruptamente. Muitos anos de história com muitos forcados a fazerem parte da mesma. Vamos fazer vários eventos durante a época de treinos para juntar toda esta família e no dia de São Pedro vamos pegar 6 touros à tarde na nossa praça, seguindo-se um jantar e festa com todos os elementos, antigos e actuais, familiares e amigos.
Certamente mais surpresas surgirão no decorrer da época, mas dependerão também das empresas!