Pedro Salgueiro Coelho dos Reis é médico veterinário de profissão e é o cabo do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Chamusca desde o dia 04 de Julho de 2011, recebendo o testemunho do anterior cabo, Tiago Prestes.
Na época que terminou, o grupo percorreu 6.584 Km's, pegou 34 toiros em 42 tentativas e completou 27 anos de actividade.
Tauródromo - Como considera que correu a temporada 2011 para o grupo?
Pedro Reis - Foi uma época muito importante e positiva para o grupo. Assistimos à mudança de cabo, numa corrida cheia de simbolismo em que o grupo pegou 6 touros na sua terra, com a presença de forcados antigos, forcados actuais e todos os amigos do grupo. O grupo demonstrou ao longo da temporada uma grande amizade entre todos os elementos, que se reflectiu em praça, numa grande coesão nas ajudas e regularidade nas suas actuações.
T - Quais os melhores e piores momentos do grupo na temporada 2011 que gostaria de destacar?
PR - Destaco apenas pela positiva esta nova geração do Aposento da Chamusca, composta de inúmeros forcados, muito novos que pisaram as arenas, com um grande espírito toureiro e uma enorme vontade de triunfar, agarrando as oportunidades e estando em praça com presença e alma toureira.
T - Qual a ganadaria que o grupo mais gostou de pegar na temporada 2011?
PR - A Ganadaria do Engenheiro Ruy Gonçalves.
T - No defeso, há possibilidade de rumar ao estrangeiro para pegar?
PR - Infelizmente não tivemos nenhum convite para pegar no defeso no estrangeiro.
T - A temporada de 2012, será finalmente a temporada com bandarilhas de segurança?
PR - Eu gostaria que assim fosse, pois entendo que o risco da pega deverá estar sempre no touro e não nas bandarilhas ou em outro qualquer factor externo à pega.
T - Na temporada de 2012, prevê-se uma diminuição do numero de corridas a realizar com o acréscimo do valor do IVA. O que espera da temporada de 2012?
PR - Espero que, mesmo com uma diminuição do número de corridas devido à grave crise financeira e social que o país atravessa, o grupo consiga boas actuações nas corridas em que for convidado a pegar, demonstrando um grande espírito de ajuda e coesão, efectuando a pega na sua plenitude dando vantagens ao touro e levando a emoção ao público, assumindo todos os compromissos com muita galhardia e vontade de triunfar, independentemente da arena que se possa pisar.