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Filipe Gonçalves - "...triunfei e mostrei a todo o país o meu valor..."

Filipe Gonçalves, o Furacão Algarvio, falou com o Taurodromo.com e fez um balanço da temporada 2011.
01 de Dezembro de 2011 - 17:12h Entrevista por: - Fonte: - Visto: 3395
Filipe Gonçalves -

Filipe Gonçalves, o Furacão Algarvio, tem 32 anos de idade e esta temporada completou 6 anos de alternativa. Alternativa tirada na Daniel do Nascimento, na Moita do Ribatejo, apadrinhado por João Moura e Rui Fernandes como testemunha.

 

Taurodromo - Como considera que correu a temporada 2011?
Filipe Gonçalves - Foi uma temporada muito positiva, a mais promissora e com muitos desafios de bastante compromisso, que me puseram à prova em todas as corridas onde toureei. Pela importância e grandiosidade das mesmas, pelos curros de toiros que enfrentei, que pediram soluções e experiência da minha parte, consegui apresentar soluções e expôr maturidade e profissionalismo. Senti-me muito bem e sempre por cima dos desafios, com vontade e capacidade de dar cada vez mais aos aficionados e à festa.

Toureei nas principais feiras de Portugal Taurino, onde triunfei e mostrei a todo o país o meu valor, o meu espectáculo e onde dei também a conhecer o meu tipo de toureio contemporâneo, nesta nova vaga de novos toureiros, de tanta competitividade. Foi uma das minhas melhores temporadas e aquela com maior projecção Nacional. Saí por cima e isso faz-me sentir satisfeito e regozijo-me por isso.


T - Quais os melhores e piores momentos na temporada 2011 que gostaria de destacar?
FG - Os meus melhores e maiores momentos da temporada foram passados em muitas praças ou  mesmo em quase todas elas. Destaco assim a Póvoa do Varzim, Pinhal Novo, Vila Franca de Xira, Vinhais, Redondo, Montijo, Setúbal, Ferreiras e Alandroal. Nestas praças as lides resultaram redondas e fui o triunfador.

O pior momento aconteceu na Moita, onde tive pouca sorte com o toiro da ganadaria Campos Peña, tendo sido mesmo o pior de toda a corrida,de mau génio e que não me permitiu uma lide fácil e colaborante,  o que me deixou muito triste, por não ter dado a lide que desejava aos aficionados da terra que me viu nascer como profissional.


T - Qual a ganadaria que mais gostou de lidar na temporada 2011?
FG - Pois bem, Conde cabral e Charrua. Muito boas estas duas corridas, uma em Ferreiras e a outra no Redondo. Mais uma vez os meus parabéns aos ganadeiros e o meu reconhecimento, pois estão sempre entre as melhores ganadarias elegidas por mim.


T - Haverá novidades na quadra que apresentará em 2012?
FG - Sim, como sempre prezo-me em ter novidades e como são novidades ficam  surpresa. Assim, para poderem confirmar, terão que esperar pela proxima temporada para os poderem ver. Apenas  posso adiantar que tenho 4 cavalos novos, todos eles acima da média e que fazem a diferença artistica.


T - Na temporada de 2012, prevê-se uma diminuição do numero de corridas a realizar com o acréscimo do valor do IVA. O que espera da temporada de 2012
FG - Isso não é uma verdade por inteiro. Eu como quase todos os toreiros e empresários, com a colaboração da PróToiro, estivemos presentes na assembleia da Républica no passado dia 17 de Novembro junto do secretário de estado da cultura, onde marcámos a nossa presença e importância como parte integrante da nossa cultura, unidos também com outros artístas das mais diversas áreas culturais e do mundo do espectáculo. Fizemos parte de uma comissão da área de espectáculos, onde pressionámos e contestámos uma futura medida de quacção e aumento do IVA de 6 para 23% em todos os espectáculos, o que iria ser bastante prejudicial para a tauromaquia em particular, o que faria com que possivelmente, com grande probabilidade houvesse uma redução do numero de espectáculos tauromáquicos no ano vindouro. Como o futuro é nosso, tivemos que defender a nossa dama, a tauromaquia porque é um fenómeno cultural.

Dado esta situação o IVA subirá para os 13%. Porém a temporada 2012 ninguém sabe como vai ser, pela questão económica que o país e a Europa atravessam, mas penso que não deverá haver uma baixa significativa do número de espectáculos relativamente à temporada que terminou.

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