António Núncio e Luís Silva destacaram-se na Novilhada da Feira da Moita
17 de Setembro de 2019 - 21:21h | Crónica por: Sónia Batista - Fonte: Sónia Batista - Visto: 1905 |
A novilhada integrada na Feira Taurina da Moita, contou com meia praça de lotação. Foram lidados cinco exemplares da ganadaria Passanha e um da ganadaria Calejo Pires.
António Núncio, abriu as honras desta novilhada do fogareiro, que pautou pela boa disposição do público, nos tendidos.
O jovem cavaleiro, conseguiu a lide mais coesa da parte equestre, principalmente nos curtos quando citou de largo e desenhou sortes frontais. Executou com correta abordagem cada momento da lide.
Ricardo Cravidão, com boas tiras nos compridos e um excelente terceiro curto, bem marcado ao pitón; depois dai, o novilho condicionou a lide ao cavaleiro, o que obrigou a algumas passagens em falso.
Joaquim Brito Paes, não teve matéria, não tendo dado voltano final da sua lide. O pouco que lhe foi permitido, foi na ferragem comprida, onde efetivamente lhe vimos bons modos. Na ferragem curta optou por sortes frontais mas sempre com o novilho a condicionar-lhe a atuação.
As pegas estiveram a cargos dos Forcados Amadores da Moita, com Diogo Gromicho a consumar à segunda tentativa, Filipe Santos á terceira e André Silva a marcar o capítulo das pegas dessa noite, concretizando á primeira tentativa.
A segunda parte da novilhada foi reservada ao toureio apeado, com Luís Silva a destacar-se ao tourear o único Calejo Pires desta noite.
O jovem novilheiro da Moita mostrou bons modos no capote nas largas afaroladas de joelhos no chão seguidas de verónicas e gaoneras.
O jovem aluno da escola taurina da Moita mostrou-se nas bandarilhas no último par a quiebro e na muleta, foi o mais templado da noite.
Vimo-lo por derechazos rematados de peito com profundidade e suavidade; por naturais também esteve muito correto e abrilhantou com molinetes.
O espanhol Angel Ramos, tecnicamente encontrava-se atrás dos seus colegas portugueses em todos os tércios.
De capote realizou duas largas afaroladas de joelhos no chão, verónica rematada de meia veronica e uma revolera. Este foi o tercio onde o vimos mais desenvolto.
Não realizou o tercio de bandarilhas, como os seus companheiros de cartel, passando essa função para os seus subalternos.
No tercio de muleta, o novilho só permitiu pela direita.
A Duarte Silva, conseguimos ver-lhe excelentes “modales” no emotivo tercio de bandarilhas que realizou e na muleta.
Com a muleta conseguiu profundidade no início da sua lide, tanto pela direita como pela esquerda.
Para o final, o novilho já procurava o corpo do novilheiro, o que o condicionou artísticamente.
Texto: Sónia Batista
Foto: Inês Violante