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Noite de Indignação em Lisboa

João Ribeiro Telles, foi o único toureiro a dar voltas, na corrida onde Morante e Manzanares ficaram com as lides condicionadas.
07 de Julho de 2018 - 15:14h Crónica por: - Fonte: Sónia Batista - Visto: 1873
Noite de Indignação em Lisboa

Corrida mista, com muita expectativa colocada no toureio apeado, tanto por parte dos aficionados como da empresa no Campo Pequeno; porém valeu-nos apenas o toureio a cavalo.

Os touros de Paulo Caetano, condicionaram por completo, as lides de Morante e de Manzanares...

Mas passando aos detalhes desta corrida...perante praça cheia, João Ribeiro Telles, toureou nobres exemplares da ganadaria de David Ribeiro Telles.  

Logrou uma lide amena, com o primeiro touro de 530kg, a qual, iniciou com uma porta gaiola de muito valor, num tercio muito correcto.

Com os curtos, optou por sortes cambiadas, onde algumas vezes, pautou com passagens em falso.

Na sua segunda actuação, deixou-nos os bons momentos da noite.

Nos compridos optou por uma tira, para seguidamente cravar com marcação ao pitón. Nos curtos, optou novamente por sortes cambiadas, para depois cravar uma rosa de frente e um palmo, também de frente.

É de salientar a brega de alto nível ao longo da sua lide.

Telles, foi o único toureiro a dar voltas, nesta noite.

Volta, Volta.

 

Os Forcados do Aposento da Chamusca, concretizaram com Jõao Rui Salgueiro  na cara ao 1º intento e com Francisco Andrade, numa pega difícil e dura ao 4ºintento.

 

Sobre o toureio de Morante e de Manzanares, não há muito que contar, porque os touros de Paulo Caetano, sairam sem trapio, mansos, sem casta, sem fijeza, condicionando por completo o Toureio apeado.

 

Morante de la Puebla, com verónicas e chicuelinas, rematadas de meia  verónica, no tercio de capote.

Com a muleta, saliento, uma série de bom nível, de naturais rematados de peito  e estatuários, ao único Paulo Caetano (508kg) que permitiu.

Volta autorizada mas não realizada.

Com o segundo do seu lote, foi impossivel retirar qualquer matéria. Um touro de 506kg, sem fijeza, que apenas permitiu no capote, verónicas rematadas de meia. Com a muleta, vimos Morante a trabalhar a lide, sobretudo pela direita, ainda que sem ligação.

 

José María Manzanares, “mucho arte para tan poco toro”. Com o capote desenhou verónicas  rematadas  com revolera ao Paulo Caetano de 504kg. Manzanares também teve de se entregar para conseguir alguns, ainda que poucos, momentos de toureio, toureando por ambos os pitóns.

Sem mais, ficamos com uma série de derechazos, rematados com passe de peito.

Com o último touro (475 kg) e perante forte contestação do público, devido à falta de trapio e de nobreza, Manzanares de capote com verónicas e chicuelinas.

No tercio de muleta, a falta de bravura foi ainda mais evidente, deixando passes isolados.

 

A empresa, perante os protestos dos aficionados, ofereceu o sobrero (524kg), que sería para lidar pelos dois matadores, mas Manzanares apenas entrou para um quite de capote.

Morante, foi muito educado e prestavél com o público português, tentando dar a volta, às poucas qualidades do sobrero, resultando em mais do mesmo.

Foi uma noite de infortúnio em Lisboa, a qual deixou amargo de boca aos aficionados e principalmente indignação.

 

 

Foto de Sofia Almeida

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