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Feira Taurina da Sr.ª das Candeias

Segundo Festival de Mourão da II Feira Taurina da Sr.ª das Candeias, com mais um triunfo de António João Ferreira
04 de Fevereiro de 2017 - 19:45h Crónica por: - Fonte: Sónia Batista - Visto: 2819
Feira Taurina da Sr.ª das Candeias

A Sociedade actual, vive em constante mudança, mas o meio Taurino, consegue ser um refúgio, onde ainda as Tradições são mantidas e têm a sua importância.

Mourão é um desses casos. É a “meca” dos aficionados, para celebrar o início da nova temporada e é bem notório “la sed de toros”, onde nem a chuva diminuiu essa vontade de voltar à rotina de admirar e analisar o touro e a concepção do toureio.

No segundo festival taurino, da Feira de Nossa Senhora das Candeias, tivemos ¾ fortes de praça e os toureiro a tourear, entre um tempo instável, mas com todos os presentes, com vontade de celebrar, da melhor forma, o arranque da temporada.

Para iniciar as lides, dos novilhos de Murteira Grave, tivemos Paco Ureña, sem se destacar, mas ainda assim, entrou em terrenos de compromisso e conseguiu bonitos detalhes “al natural”.

António João Ferreira, que atravessa um grande momento, obteve novamente, o triunfo da tarde.

Este matador é a prova que a entrega, a dedicação e o “vivir en torero dentro e fora de praça” traz as suas vitórias.

Hoje temos um matador, coeso, com arte e com capacidade de cativar os aficionados com a sua técnica. Sem dúvida que podemos afirmar, que para este matador, “ser toureiro é mais do apenas uma profissão, é um modo de estar na vida”.

De capote, destacou-se com verónicas.Com “su muleta” conduziu o novilho, sabendo mandar e andou ligado por ambos os pitons. Retirou máximo partido das qualidades do exemplar Murteira Grave e prendeu ao seu toureio, novamente os aficionados.

 Juan del Álamo, sem dúvida que é um matador, que não gosta de defraudar o público, ainda que o novilho não estivesse com a mesma entrega que o matador, este trabalhou a lide e conseguiu tapar o que faltava ao novilho, de forma a não entediar o público.

Por “derechazos” mostrou que é um toureiro de valor e onde mais se destacou foi nos lances de chicuelinas no novilho de Antonio João Ferreirra. Com isto conseguimos ver que tivemos mais “toureiro que touro”, relativamente à actuaçao de Juan del Álamo.

Filipe Gonçalves, ainda que não sendo das suas melhores lides, andou com enorme valor, ao actuar dentro dos mesmos moldes, a que estamos acostumados ver, já que é um cavaleiro que prima pelas marcações ao pitón e a chuva diminuiu a qualidade do piso.

Iniciou com tiras nos compridos e nos curtos não conseguiu das suas melhores actuações, mas cravar quiebros e violinos debaixo de chuva, é de um cavaleiro que se entrega por completo e fiel ao seu conceito de toureio equestre.

A pega deste novilho, esteve a cargo do grupo de Forcados Amadores de Monsaraz. À cara foi Carlos Polme a consumar à 1ª tentativa, de forma vistosa.

Quanto aos jovens novilheiros, Paco Aguado, teve lidou o novilho mais complicado da tarde, o qual se refugiava e dificultou a tarefa ao novilheiro. Dos melhores momentos, recordo, alguns naturais e sobretudo a entrega do jovem para dar à volta a este novilho.

João Silva, de capote, desenhou lopecinas, as quais resultaram bastante vistosas. De muleta, foi das vezes que o vi mais correcto. Esteve variado e entregado na lide. Muito preciso, numa série de naturais rematado de peito. Espero continuar a ver evoluções neste jovem.

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