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Festival do Campo Pequeno

No festival taurino misto em benefício da Fundação L. Vida, o público compareceu no tauródromo da capital, compondo-o a rondar a meia casa, com Finito de Córdoba a ser o protagonista da tarde de Lisboa.
28 de Fevereiro de 2016 - 15:42h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2163
Festival do Campo Pequeno

O Campo Pequeno abriu as portas da temporada taurina de Lisboa, para um festival taurino misto em benefício da Fundação L. Vida.

O público compareceu no tauródromo da capital, compondo-o a rondar a meia casa, proporcionando assim uma receita para que a Fundação L. Vida possa levar a Moçambique, um ano de refeições para cerca de 250 crianças.

E para iniciar a tarde, António Ribeiro Telles recebeu um exemplar Murteira Grave, negro, com o número 97, nobre na investida aos capotes, mas que à montade tarde arrancava e se distraía com facilidade. Uma actuação assente na excelência da brega e preparação das sortes, que sem a prontidão de arranque do oponente, fez sobressair nos 1º e 4º curtos, os seus melhores ferros.

David Inácio, dos Amadores de Santarém, pegou à quarta tentativa com as ajudas carregadas.

Manuel Telles Bastos recebeu o melhor exemplar da tarde, no que às lides a cavalo diz respeito. Um Canas Vigouroux, que sai dos curros com chispa, com o cavaleiro da Torrinha pronto para uma gorada tentativa de sorte gaiola. Nada que afectasse a prestação do Telles Bastos, que rubricou uma excelente actuação, com sortes centradas, encurtando terrenos e deixando a ferragem de forma imaculada.

Luís Valério, dos Amadores de Montemor, reuniu na córnea e o oponente quase o tirou da cara logo ao primeiro derrote. Luís Valério refez-se de imediato e o grupo consumou a pega ao primeiro intento.

João Ribeiro Telles conquistou o Campo Pequeno logo no primeiro ladeio ao oponente de David Ribeiro Telles, com o número 7. Assim foi a brega para a ferragem curta e com cites de praça-a-praça e quiebros, teve as bancadas consigo e rubricou a lide a cavalo que recebeu os maiores aplausos da tarde.

Vasco Pereira, pelos Amadores de Vila Franca de Xira, escorregou ao recuar mas teve coração para fechar a tarde da forcadagem, com uma reunião na córnea ao primeiro intento.

Vítor Mendes recebeu o primeiro exemplar proveniente dos pastos de Calejo Pires. Um exemplar com o número 58, que nada humilhou e que protestou quer no capote, como na muleta. Foi contudo, perante este oponente, que se realizou o melhor tércio de bandarilhas da tarde, por Joaquim Oliveira e Francisco Marques. Quanto a faena, uma série de passes templados pela direita foi tudo o que foi possível extrair por Vítor Mendes.

Seguiu-se Juan Serrano “Finito de Córdoba”, com o melhor momento da tarde lisboeta, perante o melhor oponente de toda a corrida. Um exemplar de Paulo Caetano com nobreza, que humilhava e repetia com gosto, por ambos os pitóns. No capote Finito de Córdoba imprimiu uma série de uma dúzia de verónicas, cheias de estética que arrancaram os primeiros olés da tarde. Na muleta, recebeu junto a tábuas para depois rubricar uma faena nos médios, com passes por ambos os pitóns, aproveitando a condição do oponente. No final João Moura Caetano foi justamente chamado ao ruedo, para agradecer os aplausos do Campo Pequeno.

Juan del Álamo recebeu o segundo exemplar de Calejo Pires da tarde, que sem grandes condições de lide, fez com que o diestro oriundo de Salamanca, conseguisse somente a espaços sacar alguns passes ligados, fruto do esforço que empregou na arena da capital.

Fechou a tarde Diogo Peseiro, ao último exemplar de melhor comportamento dos de Calejo Pires. Contudo, o seu melhor momento da tarde realizou-se no segundo tércio, com um violino como sorte.

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