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Noite de Estrelas na castiça Praça de Toiros de Alcochete

Festas do Barrete Verde e das Salinas fecha com Chave de Ouro
19 de Agosto de 2016 - 19:38h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1936
Noite de Estrelas na castiça Praça de Toiros de Alcochete

Inserida nos 75 anos das Festas do Barrete Verde e das Salinas, realizou-se na passada quinta-feira na castiça e bem cuidada Praça de Toiros de Alcochete a terceira e última corrida das referidas festas, corrida com um cartel muito atrativo, visto que do mesmo constavam os nomes de Pablo Hermozo de Mendoza, Figura Mundial do Rejoneio, Rui Salvador, apelidado do Cavaleiro dos Ferros impossíveis, João Telles Jr, um cavaleiro de dinastia, e por fim o praticante António Prates, filho do cavaleiro José Prates, toiros de duas ganadarias portuguesas David Ribeiro Telles e Passanha, com prestígio reconhecido em Portugal e além fronteiras e dois valorosos e conceituados Grupos de Forcados como são os Amadores de Santarém e Aposento do Barrte Verde.

Em noite fresca pois por vezes sentia-se algum vento, a praça encheu para presenciar o cartel acima mencionado.

Assim foi a corrida de onrem em Alcochete:

Rui Salvador, lidou o primeiro toiro da noite com ferro e divisa de Passanha, de capa preta, com o peso de 520 quilos e o número 48, deu inicio ao seu labor cravando dois ferros compridos tendo ambos ficado um pouco descaidos, na série dos curtos cravou cinco ferros com realce e destaque para o segundo. Teve uma boa atuaçãodentro do seu estilo muito próprio e que agradou ao público.

No quarto toiro um exemplar de capa preta meano com o peso de 555 quilos e número 33, ferro e divisa de David Ribeiro Telles, cravou dois bons  ferros compridos, e na série de curtos cravou quatro bons ferros. Perante este segundo oponente, teve uma melhor prestação, agradando mais ao público, é verdade que foi o cavaleiro que tocou em sorteio um lote menos favorável, ou seja de melhores condições de lide.

Pablo Hermoso de Mendoza, lidou o segundo toiro da noite com ferro e divisa de Passanha de capa preta, o peso de 550 quilos e o número 83, deu início à sua primeira actuação cravando dois bons ferros compridos, na série dos curtos cravou cinco bons ferros, sendo o quarto ferro o melhor da série. Teve uma grande actuação, que muito agradou aos afiicionados.

No quinto toiro com ferro e divisa de David Ribeiro Telles, um exemplar de capa preta, com o peso de 580 quilos e o número 7, deu início à sua lide cravando dois bons ferros compridos, com relevo para o segundo da série, na série dos curtos cravou seis bons ferros. Nova atuação que muito agradou ao público presente, Noite triunfal para o rejoneador de Estela, Navarra.

João Telles Jr, lidou o terceiro toiro da noite com ferro e divisa de David Ribeiro Telles de capa preta e meano, com o peso de 580 quilos e o número 7, o cavaleiro deu início ao seu labor começando por cravar dois bons ferros compridos, na série dos ferros curtos cravou igualmente quatro bons ferros. Teve uma actuação muito agradável, que foi muito do agrado do público em geral. Chegando com força às bancadas

No sexto toiro da noite com o ferro de Passanha de capa preta, 475 quilos e o número 112, na série dos ferros compridos cravou dois bons ferros. Na série dos curtos cravou cinco bons ferros, com destaque quinto em sorte de violino e depois em sorte à meia volta cravou um ferro de palmo. Teve perante este toiro igualmente uma grande atuação, a qual foi do agrado geral fos aficionados.

António Prates, lidou o sétimo toiro da noite da ganadatria Passanha, o peso de 430 quilos e o número 54, de capa preta e meano. Cracou dois ferros compridos de boa qualidade, e na série dos curtos cravou seis ferros, os dois últimos a pedido do público, com realce e destaque para os ferros cravados em primeiro e quarto Foi uma agradável atuação deste jovem cavaleiro praticante, que mostrou reunir qualidades para entrar mais vezes em cartéis com cavaleiros profissionais, sem se intimidar com a posição de Figuras, que os mesmos ocupem.

Entre as sete pegas que assistimos,destacamos as duas pegas de maior relevo, e que muito foram do agrado dos aficionados, como foi o caso das pegas do forcado António Goes do Grupo de Santarém, ao primeiro intento e que foi uma pega muito rija, e pelo Grupo do Aposento do Barrete Verde, destaco a pega do sexto toiro, executada pelo cabo Marcelo Loia, que foi uma grande pega ao primeiro intento.

As restantes merecem também o nosso apreço pela valencia e coragem demostrado pelos forcados escolhidos pelos seus cabos para serem forcados de cara.

Os toiros lidados com os ferros e divisas de David Ribeiro Telles e Passanha, estavam bem apreserntados, tiveram nobreza e cumpriram de modo a proporcionar grandes atuações aos cavaleiros, e pegas dificeis e duras na arte de pegar, pois nem todos foram pegados à primeira tentativa.

A recolha dos toiros esteve a cargo dos campinos da Casa Agrícola do Engº. José Samuel Lupi, deixamos aqui um pequeno reparo pela apresentação do jogo de cabrestos, pois um dos exemplares era mocho, ou seja faltava um corno. Alcochete merece um jogo de melhor apresentação.

Dirigiu a corrida um Delegado do IGAC, que foi assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Carlos Santos  e pelo cornetim José Henriques.

A corrida foi abrilhantada pela Banda de Música da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898, que uma vez mais interpretou bonitos pasodobles, como Forcados do Aposento do Barrete Verde, Manolete, Andujar, Amparito Roca, El Barbanha, Manuel dos Santos, Real Maestranza de Caballeria e muitos outros.

 

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