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Elvas, triunfo de Duarte Pinto na segunda de S. Mateus.

Com o Coliseu Elvense a registar cerca de meia casa, em tarde noite de intempérie, realizou-se no passado sábado a segunda corrida integrada na feira de S. Mateus.
29 de Setembro de 2014 - 10:20h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1957
Elvas, triunfo de Duarte Pinto na segunda de S. Mateus.

Com o Coliseu Elvense a registar cerca de meia casa, em tarde noite de intempérie, realizou-se no passado sábado a segunda corrida integrada na feira de S. Mateus.

Abriu praça o cavaleiro Rui Salvador que teve de porfiar muito para conseguir deixar a ferragem da ordem a um manso com grande apetência pela tábuas. Rui foi homenageado ao intervalo pelos seus 30 anos de alternativa.

Seguiu-se Tito Semedo que recebeu à porta gaiola o seu oponente. Deixou dois compridos corretos e andou alegre e decidido nos curtos, tendo rematado a sua lide com um violino. Pena que tenha consentido alguns toques ao longo da lide.

Para lidar do terceiro da ordem esteve a cavaleira Ana Batista. Com grande entrega e classe conseguiu estar por cima de um oponente manso que por vezes se adiantava não permitindo grande luzimento e perfeição às sortes. Mexeu bem com o touro e pisando muito os seus terrenos deixou pelo menos dois curtos que merecem destaque.

Antes do intervalo, com o devido consentimento dos seus companheiros de cartel, atuou o novilheiro João Augusto Moura. Teve por diante um touro, tal como todos os outros, da sua ganadaria com grande dose de classe e nobreza mas de forças muito justas. Recebeu-o de capote sem grande luzimento e teve bons momentos de toureio com a muleta por ambos os lados. João Augusto mostrou grande vontade e entrega e foi pena não poder baixar mais a mão, de forma a dar maior profundidade à lide, pois sempre que o tentou o touro humilhava de tal forma que cravava os pintóns na areia e perdia a mãos. À escassez de força do touro juntou-se o mau estado do piso desta praça.

Pedro Salvador enfrentou o quinto da ordem, um autêntico “marmorillo” que pura e simplesmente não investia. O cavaleiro, que chegou a pôr em causa as capacidades visuais do touro, nada mais pode fazer que deixar a ferragem da ordem sem qualquer brilho.

Seguiu-se Duarte Pinto a quem coube, com diferença, o melhor touro da corrida. Dos vários terrenos em que o cavaleiro o colocou saiu sempre com alegria e prontidão tendo permito um excelente triunfo ao Duarte. Dentro do seu estilo clássico mas com pinceladas de algum modernismo, andou correto, alegre e muito comunicativo com o público. Após cravar o último ferro, a pedido seu, com um enorme sorriso estampado no rosto dirigiu-se para as bancadas, de onde vinham sonoros aplausos, dizendo: -Foi bom não foi? Deu uma volta triunfal sob fortes aplausos acompanhado pelo forcado e pelo novilheiro João Augusto Moura na qualidade de ganadeiro.

Fechou a corrida o cavaleiro praticante Rui Guerra. Mostrou um natural nervosismo nos compridos que com o desenrolar da lide foi desaparecendo. Teve por diante um touro que em nada lhe facilitou a vida ao qual o Rui deu a volta com um tourei já mais assente, com andamento mais suave e com uma cravagem corretíssima. É notória a evolução deste jovem praticante a mostrar que pode aspirar a voos mais altos.

Para pegar este curro de Santo Onofre e para disputar o troféu em disputa para a melhor pega estiveram, numa noite tranquila com cinco pegas à primeira e uma à segunda, os Amadores de Cascais (Ventura Doroteia 1a e Carlos Dias 1a), Monforte (Nuno Toureiro 1a e Pedro Carrilho 1a) e Académicos de Elvas (António Machado 2a e Luís Machado 1a) tendo este último arrecadado o troféu em disputa.

Dirigiu sem problemas Rogério Jóia, assessorado pelo Dr. José Miguel Guerra.

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