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Juan Leal sobressai na tarde da corrida a pé das Sanjoaninas

Perante um público entregado e agradecido com a sua entrega, o jovem espada gaulês deu até três voltas à arena como balanço da sua triunfal apresentação nos Açores.
30 de Junho de 2014 - 11:22h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 1722
Juan Leal sobressai na tarde da corrida a pé das Sanjoaninas

-Três voltas à arena do toureiro francês, com um toureio entregado na mais pura linha ojedista.

-Faena destacada de Miguel Ángel Perera ao quinto da tarde.

-Juan José Padilla, sem opções diante do pior lote da corrida de Rego Botelho.

 

O jovem Juan Leal destacou-se como o triunfador da corrida a pé à portuguesa que hoje encerrou a feira açoriana das Sanjoaninas. O diestro francês esteve entregado durante toda a tarde e pôs o publico, que quase encheu a praça, em pé por varias ocasiões à base de um toureio de quietude e na más pura linha ojedista.

Para o seu triunfo, Leal contou com o lote mais completo de uma corrida díspar de Rego Botelho, ganadaria local de origem Jandilla. Também é certo que com ambos os toiros se mostrou sempre disposto e ambicioso, sem cansar-se de estar ante os pitons, tanto com o capote como com a muleta.

Leal, que além do mais recebeu o ultimo à porta gaiola, participou com variedade em todos os quites possíveis - por saltileras, zapopinas, tafalleras e chicuelinas, respectivamente – na corrida fê-lo aos seus dois oponentes sendo as faenas marcadas pela seguridade e quietude procurando sempre passar muito próximo e em todas as direcções das investidas do seu lote

Ao seu primeiro, que se moveu com brusquidão, abriu a faena com três passes cambiados nos médios sem mover as sapatilhas. Rachou-se prontamente o de Botelho, mas Leal insistiu com decisão até ao último momento. Ao sexto, que foi o toiro de maior qualidade e duração, ligou para começar uma boa série de muletazos de joelhos, também com elevado risco, para depois dar-se de novo a esse marcado conceito ojedista que define a sua tauromaquia.

Perante um público entregado e agradecido com a sua entrega, o jovem espada gaulês deu até três voltas à arena como balanço da sua triunfal apresentação nos Açores.

A outra faena destacada da tarde foi a de Miguel Ángel Perera ao quinto, que resultou um dos melhores da corrida. O estremenho, que não pôde luzir-se perante o manso e violento segundo, conseguiu com este nobre exemplar, os melhores momentos da sua actuação, com muletazos largos e templados pela direita. Foi um trabalho de grande esforço e com o único sobressalto de uma inesperada voltareta, já com o toiro a vir a menos, onde Perera sentiu-se com uma cornada na perna direita.

Juan José Padilla não conseguiu brilhar no seu regresso à ilha Terceira depois de doze anos. O toureiro de Jerez teve pela frente o pior lote da corrida, dois toiros sem opções para qualquer tipo de luzimento. Não só racharam-se nas primeiras mudanças de tércio, como além disso, tornaram-se violentos e desenvolveram perigo após as bandarilhas, tércio que Padilla só protagonizou no primeiro turno, o que não agradou o público.

 

FICHA DO FESTEJO:

Praça de toiros de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores), domingo 29 de Junho. Terceiro e último festejo da feira Sanjoaninas. Corrida a pé portuguesa.

 

Ganadaria

Seis novilhos-toiros da divisa açoriana de Rego Botelho, de origem Jandilla. Justos de presença e cómodos de cabeça, deram jogo díspar dentro da sua escassa raça. Os melhores, com mais duração e qualidade foram o quinto e sexto.

Toureiros

Juan José Padilla (tabaco e ouro): silêncio e alguns assobios.

Miguel Ángel Perera (encarnado e ouro): silencio e volta à arena.

Juan Leal (roxo “nazareno” e ouro): volta à arena e duas voltas à arena.

 

Boa brega do subalterno espanhol Juan Carlos García. Com as bandarilhas destacou-se o local “Açoriano”.

Mais de três quartos de entrada nos tendidos.

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