Emocionante tarde de Toiros em Montemor
02 de Setembro de 2013 - 18:08h | Crónica por: PPF/AJT - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 3712 |
Uma casa cheia foi o cenário perfeito para a homenagem a José Maria Cortes e concumitantemente para a passagem de testemunho ao novo cabo do Grupo de Montemor, António Vacas de Carvalho.
Um bom curro de toiros, onde imperou a bravura, a inspiração de Rouxinol e João Caetano e a decisão do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, deram o espectáculo a que um público entendido deu valor.
Por ter corrido o turno, dado o toiro se ter inutilizado, abriu função Francisco Cortes, que teve uma lide correcta e desembaraçada e que terminou com um ferro de palmo, que chegou ao público.
Seguiu-se Vítor Ribeiro, que tentou praticar um toureio de ataque, o que nem sempre resultou em sortes limpas, tendo consentido alguns toques, o que não impediu que tivesse desenvolvido uma lide esforçada e séria. Foi aclamado na volta à arena.
Brito Paes está numa excelente fase. O seu toureio transmite facilidade. Agradável passagem, esta tarde por Montemor, com rasgos de equitação de classe.
João M. Caetano levou emoção às bancadas. Quiebros encimistas catapultaram-no para a posição de um dos grandes triunfadores da tarde com uma lide redonda e sentida.
Seguiu-se o praticante Manuel Vacas de Carvalho, com um toiro bravo que fez vir ao de cima a sua pouca experiência. Terminou a lide com dois violinos e um ferro de palmo, cravados com ganas. Volta com chamada do Ganadero à arena.
Rouxinol fechou com chave de ouro a corrida perante um bravo sobrero que lhe pediu contas. O cavaleiro de Pegões esteve “encastado” e em plano profissional com uma lide conseguida, sempre em crescendo. Um par de bandarilhas de excelente execução foi o culminar desta sua tarde triunfal. Chamou os Campinos à arena, compartindo com eles as aclamações do público.
Quanto às pegas, foram solistas António Vacas de Carvalho, que consumou a sua primeira pega como Cabo do Grupo à primeira tentativa, tal como João Tavares, Francisco Maria Borges, João e Frederico Caldeira. Filipe Mendes, no quinto da tarde, consumou a sua pega à segunda tentativa.
De destacar o perfeito dominio dos campinos sobre os cabrestos, conduzindo-os com maestria, arte pouco vista nas nossas praças e que saudamos.