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Filipe Gonçalves Triunfa na Aldeia da Luz

Gonçalves pôs a carne no assador e somou mais um triunfo na Aldeia da Luz
01 de Setembro de 2013 - 16:22h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2704
Filipe Gonçalves Triunfa na Aldeia da Luz

Aldeia da Luz. Coração do Alentejo. Festas anuais em honra da Nossa Senhora da Luz. Céu limpo e azul celeste. 30 e muitos graus de temperatura. Tudo a postos para uma tarde de toiros! A efemeridade assinalava a homenagem a esse monstro do toureio a cavalo apelidado de João Moura, que cumpre esta temporada 35 anos de alternativa. Nos currais aguardava um encerro de José Luis Vasconcellos e Sousa D’Andrade desigual de aspeto mas parecido de comportamento. Primaram pela nobreza e ritmo na investida. Desluziu-os a falta de força.   

Abriu praça o maestro João Moura. Pela frente encontrou um cinqueño sobrado de pitons e escasso de carnes. Foi cumpridor este primeiro da tarde, não dificultando em nada o labor de Moura. O maestro, por seu turno, também não quis complicar. Cravou dois compridos e cinco curtos com muita correção e pouca emoção, afastando-se um pouco do reportório que o elevou no passado ao patamar mais elevado da tauromaquia. Tinha toiro para mais… Ante o quarto, um manso que desde cedo se refugiou em tábuas, não teve opções.

Seguiu-se-lhe o algarvio Filipe Gonçalves. Este sim veio à Aldeia da Luz para meter a carne no assador. Com o seu primeiro, um negro bragado mais cheio que os irmãos, Gonçalves começou com dois compridos de boa nota, com o toiro a galopar e a derrotar alto. Com os curtos, preparou as sortes com maestria, partiu para o toiro com verdade, reuniu com emoção e rematou com toreria. A Luz aplaudiu com força. Encerrou a primeira atuação com dois violinos arriscadíssimos e um ferro de palmo que levantou a afición da Luz em palmas. E ante o quinto da tarde, um excelente negro bragado, o algarvio arriscou ainda mais. Deixou ali a pele! Deu o que tinha e o que não tinha! Só por isso merece palmas! Mas ele fez mais do que isso… O toiro tomava a iniciativa e ele concedeu-lhe todas as vantagens. Aguantou barbaridades, bateu forte ao piton contrário, e cravou por debaixo da axila! Muito risco, muita emoção, muita verdade, muita entrega! O público pediu mais e Gonçalves assim o fez. Um par! Mas não um par qualquer, um par, também ele, com batida ao piton contrario! Formou-se um verdadeiro alvoroço nas bancadas da Luz! Outra!? Vamos a isso! Ferro de palmo e nova ovação! Triunfo redondo de Gonçalves.

Fechava o cartel o jovem Mateus Prieto que sorteou um bom lote. O seu primeiro, um bonito burraco, foi fijo e colaborou até ao fim. O seu segundo, um negro bragado aberto de cara, galopou com alegria até que as forças lhe permitiram. Matéria-prima a mais para uma discreta atuação de Prieto. Apenas ao cair do pano arrancou fortes aplausos dos tendidos da Luz. Meteu-se por dentro, em terrenos de compromisso, e cravou dois valentes violinos que foram do agrado dos presentes nas bancadas.

Nas pegas triunfou o GFA da Póvoa de São Miguel. A pega da tarde foi da autoria de José André dos Santos ante o quinto da tarde. Citou com calma, reuniu com acerto e fechou-se com garra para aguantar a dura viagem carregada de derrotes. Perante os seus conterrâneos, Fábio Madeira foi o caras na primeira pega dos Amadores da Póvoa, consumando também ele ao primeiro intento. Pelos Amadores de São Manços foram caras Rui Pelado e Pedro Galhardo, à primeira e à terceira tentativa, respetivamente. Pelos Amadores de Monsaraz envergou o barrete Ricardo Cardoso ao primeiro encontro e David Silva à segunda tentativa.  

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