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El Juli e Perera abrem a porta grande de Olivenza

Numa extraordinária corrida de Garcigrande, Juli e Perera saem a ombros em Olivenza
03 de Março de 2013 - 21:59h Crónica por: - Fonte: - Visto: 1846
El Juli e Perera abrem a porta grande de Olivenza

Olivenza. Arranca a temporada taurina em Espanha! E de que maneira! Uma extraordinária tarde de toiros a que se viveu ontem no cosso de Olivenza, não se podia pedir mais da primeira grande tarde de toiros espanhola. Os tendidos, cheios até à bandeira de uma afición que transbordava ganas de toureio. O tempo ajudou e a tarde foi de “recuerdo”! Muito se deveu o êxito a um excelente curro de toiros vindos de Salamanca e ferrados com o “G” de Garcigrande. Quatro dos seis foram de triunfo. De luces, o jerezano Padilla, o madrilenho “El Juli” e o extremenho “Perera” que deram cartas e mostraram que estão ao mais alto nível para triunfar muitas tardes por essa temporada fora.

Abriu a temporada Padilla, pela frente um colorado de muito boa condição. Saiu de toriles suave, fijo, com mobilidade e ritmo e assim se manteve até que as suas forças o permitiram. Com ele, Padilla gostou-se com o capote, com as bandarilhas e no final com a muleta. Houve algum desacerto e sustos mas no final, uma estocada inteira pôs ponto final a uma faena de ovação. O seu segundo foi um negro que se revelaria o melhor do encerro. Nuns galopes impressionantes este Garcigrande arrancava-se para os enganos tomando ele próprio a iniciativa e metendo a cara com nobreza e codicia. Com tal matéria-prima por diante o maestro de Jerez aproveitou-o até à ultima gota! Uma faena variadíssima, onde ouve “rodillas en el suelo” com o capote e com a muleta. Três excelentes pares de bandarilhas e uma faena de muleta cheia de ligação tanto em distâncias largas como em distâncias curtas. Estocada inteira e uma orelha.      

Mas a faena da tarde pertenceria a “El Juli” frente ao seu primeiro! Castanho de pelagem, este segundo da tarde apresentou-se com mobilidade e fundo mas mais exigente que os seus irmãos. Ante ele, o madrilenho esteve ao mais alto nível e desenhou uma faena magistral! Recebeu com bonitas verónicas “desmaiadas”, fez-lhe um extraordinário quite por chicuelinas e gaoneras e com a muleta foi uma bebedeira de toureio! Uma faena de “recuerdo”, toda ela no centro da arena, com “el juli” pregado ao albedo como ninguém e a ligar os muletazos num toureio em redondo, onde o focinho do toiro parecia que estava cozido à muleta. Espetacular! Estocada inteira. Duas orelhas. Frente ao segundo, um colorado que saiu “a su aire” e que rapidamente se começou a defender, “el juli” não teve opções. Procurou por todos os lados e por todas as distancias mas não havia volta a dar. Estoqueou ao terceiro intento. Ovação.

Perera, a jogar em casa, sorteou o pior lote. O seu primeiro, um burraco distraído e sem forças não lhe permitiu faena. Uma atuação fria do extremenho, frente ao pior toiro do encerro. Não houve ligação, não houve transmissão, não houve emoção. Estocada inteira e efetiva. Silencio para Perera, assobios para o toiro. Mas para fechar a tarde teve outra sorte. Saiu-lhe um negro que galopou e repetiu até dar a batalha por vencida. Frente a ele, Perera levantou em palmas a praça de Olivenza! Numa faena por baixo, com temple e ligação, o extremenho mostrou a sua categoria e o seu valor. As sapatilhas assentadas, a figura erguida e a muleta a embeber com suavidade a encastada investida do derradeiro Garcigrande. Olivenza rendeu-se! Estocada monumental! Duas orelhas.   

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