José Mario Lázaro Triunfa na 2ª de Barrancos

Foi frente ao primeiro da tarde que surgiu o triunfo. Um negro entrepelado bragado com o ferro de Couto de Fornilhos. Lázaro saudou-o com meia dúzia de bonitas verónicas onde o Fornilhos meteu a cara com classe, por baixo e por direito. Rematou ainda melhor! Com duas medias verónicas “morantistas” que deixaram os barranquenhos com os “pelos de punta”. Com a tela vermelha foi necessário esperar 3 séries para voltar a ver toureio da mesma categoria. Sobre o bom pitón direito do Fornilhos desenhou uma tanda extraordinária, cheia de profundidade, temple e ligação. Mudou de mão e pôs-se com naturalidade a tourear ao natural. O Fornilhos respondeu-lhe na mesma moeda, oferecendo-lhe investidas humilhadas, largas e repetidas que Lázaro transformou num toureio estético, emotivo e sentido. O tabuado de Barrancos aplaudiu com força! Duas tandas duas! Matou com uma estocada contrária mas inteira e sem puntilha ao segundo intento. Passeou dois apêndices.

A Eugenio Martin “El Mani” saiu-lhe um Couto de Fornilhos mais complicado. Saía solto dos enganos e metia a cara derrotando em investidas sem profundidade. “El Mani” aproveitou-o que pôde. Luziu-se com o capote, transformando a violência do Fornilhos em elegantes verónicas que a afición barranquenha ovacionou. Agarrou nas bandarilhas, arrancou a música e cravou três vibrantes pares, com o toiro a galopar e a derrotar alto na reunião. Barrancos estava a seus pés! Mas com a muleta a conversa foi outra… As descompostas investidas que o Fornilho lhe ofereceu terminavam justamente atrás do seu calcanhar. A cada muletazo tinha de perder um par de passos e voltar a colocar-se. Toureio desligado, sem temple nem estética. É uma pena mas quem manda são os toiros! Com o estoque também não houve sorte. Depois de muito pinchar, lá deixou meia estocada que completou com o descabelho. Dos tendidos de Barrancos escutou silêncio.