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Póvoa de Varzim - Corrida dos Comerciantes Poveiros

Fados e toiros na última corrida da temporada da Póvoa de Varzim.
17 de Agosto de 2013 - 22:08h Crónica por: - Fonte: Taurodromo.com - Visto: 2002
Póvoa de Varzim - Corrida dos Comerciantes Poveiros

Saíram mansotes e desinteressados os “Prudêncio” destinados ao encerramento da temporada poveira. Não deram grandes opções aos seis cavaleiros e foi o público, sempre generoso e de aplauso fácil, que pôs a alegria numa corrida quase tão fria como a noite da Póvoa.

A promessa de Fados à Luz das velas aumentava a expectativa em relação a um cartel muito marcado pela juventude, no qual a veterania de Rouxinol era excepção. Ouviu-se fado no intervalo, mas não se apagaram as luzes da praça e as velas perderam o efeito desejado, o público confundiu-se e acabou por, em grande parte, abandonar as bancadas. Foi pena porque a actuação da fadista poveira Sílvia Raquel merecia maior atenção do público e cuidado da organização da corrida.

Mateus Prieto, o mais jovem dos cavaleiros em praça teve sorte no touro que lhe coube e tirou partido dela, sendo dele os melhores momentos da noite. Cuidadoso na lide e na preparação das sortes, cravou recto e terminou em apoteose com dois violinos que fizeram levantar o público. Mostrou garra e querer aliados ao sentido de lide e brio indispensáveis e deixou bom ambiente na Póvoa.

Rouxinol abriu praça e teve que suar frente a um toiro manso e desinteressado que só a custo se arrancava para o cavalo. Sacou do Ulisses para os curtos e provou uma vez mais que consegue lidar e brilhar com qualquer toiro. Terminou com o habitual par de bandarilhas de que o público faz questão.

Gilberto Filipe, que actuava pela segunda vez esta temporada na Póvoa, não foi feliz. Para os curtos optou pelos quiebros mas deixou demasiadas vezes o toiro fora de sorte, não conseguindo cravar ou fazendo-o de forma pouco brilhante. Trocou de montada e terminou em bom plano com um violino e um palmo, mas ainda assim teve a humildade de não ter dado a volta à arena, apesar dos pedidos do público.

 Manuel Telles Bastos tentou fazer o possível defronte de um toiro feio, enselado, com falta de força e que se refugiou em tábuas muito cedo. Cravou dois bons ferros e teve alguns pormenores de boa brega, mas não tinha oponente para mais.

Joana Andrande cativou o generoso público desta praça, mas não teve grandes argumentos perante mais um toiro pouco colaborante, passando sem história pela Póvoa de Varzim.

Tomás Pinto andou um pouco desacertado na cravagem, mas foram dele alguns dos melhores momentos. Distinguiu-se pela correcção, pela preparação das sortes e rectidão das viagens. Terminou com o inevitável violino seguindo de um palmo à meia-volta, mas deixou bom ambiente e vontade de ser novamente visto.

Noite sem sobressalto para os amadores do Ribatejo e de Coimbra, salientando-se as pegas ao quarto (Coimbra) e quinto (Ribatejo) toiros da noite.

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