Tito Semedo e Fábio Madeira Triunfam na Aldeia da Luz
03 de Setembro de 2012 - 16:26h | Crónica por: Sérgio Lavado - Fonte: - Visto: 2617 |
Foi com 3/4 dos tendidos preenchidos que a praça de toiros da Aldeia da Luz assistiu a uma boa tarde de toiros. Os hastados pertenciam ao prestigiado ferro de Varela Crujo e em geral cumpriram o seu papel, apresentando-se nobres e colaboradores. Destacaram-se pela positiva o segundo, o quarto e o quinto. Pela negativa evidenciou-se o sexto, sendo que o primeiro e o terceiro se deixaram lidar sem grande emoção. As lides a cavalo estavam a cargo de Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Duarte Pinto. As pegas eram da responsabilidade do GFA de São Manços, do GFA de Cascais e do GFA da Póvoa de São Miguel.
Abriu praça Joaquim Bastinhas, que lhe correspondeu um negro mulato que primou pela falta de casta e agressividade. Bastinhas, sem grandes hipóteses de luzimento, deu-lhe a lide possível, despachando a papelada sem nunca se conectar com a afición da Aldeia da Luz. Mas frente ao quarto do encerro, um negro que o ajudou em tudo, a história seria diferente. Ao seu irreverente estilo, Bastinha pôs a carne no assador e animou bastante os tendidos luzenses. Ouviu palmas e assobios mas o certo é que rompeu a monotonia por onde estava a enveredar a corrida.
A Tito Semedo tocou-lhe o melhor lote da corrida. Ante o seu primeiro, um negro com mobilidade, fijeza e fundo, Semedo assinou uma excelente atuação. Deu vantagens ao toiro, encarou-o de frente, reuniu com verdade e cravou com correção e emoção. Das bancadas os aplausos saíram com facilidade. Mas na sua segunda lide o patamar do seu toureio elevou-se ainda mais. Pela frente encontrou um burraco que foi nada mais, nada menos que de volta ao ruedo para o maioral. Semedo correspondeu-lhe da melhor forma e desenhou a melhor lide da tarde. Esperou o Varela Crujo à porta dos curros e parou-o com enorme maestria. Cravou os compridos “en todo lo alto”. Com os curtos na mão, encurtou as distâncias e com batidas ao piton contrário cravou ferros de grande risco e verdade. A afición da Aldeia da Luz aplaudiu com força.
Pior sorte no lote teve Duarte Pinto. O seu primeiro foi um negro que saiu a “su aire” e que pouco se empenhou em fazer valer a sua bravura. Pinto esteve bem com o toiro mas não teve hipóteses de se luzir. Fechou a tarde ante um negro listón que foi o pior do encerro. Desde cedo que este Varela Crujo se mostrou distraído e pouco entregado. Com o desenrolar da lide começou a procurar o refúgio das tábuas e a jugar à defesa, revelando assim por completo a sua mansidão. Com tal matéria-prima por diante, Duarte Pinto efetuou uma lide com pouco para contar.
No capítulo das pegas, Fábio Madeira do GFA da Póvoa de São Miguel, foi o grande triunfador da tarde. Fábio partiu para a cara do sexto citando com toreria, carregou a sorte no momento certo, recuou com temple, reunião com perfeição e aguantou com valentia a dura viagem até às trincheiras. Um grande olé para este enorme forcado! O outro toiro que correspondeu ao GFA da Póvoa de São Miguel foi pegado ao segundo intento por intermédio de Rubem Mestre. O GFA de São Manços consumou a sua primeira pega ao segundo intento e a sua segunda pega à primeira tentativa. Os Amadores de Cascais consumaram as suas duas pegas ao primeiro intento.