Amadores da Moita Triunfam na primeira da Feira de Maio da Moita 2012
27 de Maio de 2012 - 20:01h | Crónica por: Filipe Pedro - Fonte: - Visto: 4996 |
A Feira de Maio da Moita 2012 abriu a contenda com a tradicional novilhada, com uma assistência a rondar ¼ de casa, que este ano ano tinha o atractivo extra de a parte do toureio a pé ser uma das etapas do I Ciclo de Novilhadas de Escolas Taurinas.
Porém, muito pouco de toureio se assistiu durante o espectáculo. Se o ciclo de novilhadas tem por objectivos dar rodajem aos alunos das escolas e promover o toureio a pé, então desta vez apenas o primeiro deles foi alcançado.
Pedro Noronha, da Escola de Vila Franca, abriu praça e passou discreto no capote perante o exemplar da Sociedade Agrícola Gregório Oliveira. Dos três pares de bandarilhas, apenas o segundo não resultou. Na muleta foram imensas as dificuldades perante um oponente que humilhava mas com uma viagem curta pelo piton direito. Por entre diversas colhidas e desarmes, foram outras tantas as vezes em que deixou enganchar a muleta, não conseguindo assim sacar faena.
João Rodrigues da Escola da Moita lanceou bem de capote o novilho de José Lupi, com uma série de três verónicas rematadas por uma média. No segundo tércio, dois pares de bandarilhas por cada piton e um violino em que apenas uma ficou colocada. Na muleta não há passes ligados a descrever. O novilho que tanto prometeu no capote, não humilhou na muleta e encurtava a viagem por ambos os pitons, sendo o defeito ainda maior pelo esquerdo.
Pela Academia do Campo Pequeno, António Fernandes recebeu com o capote o novilho São Torcato sem nada a assinalar. Foram as bandarilhas o seu melhor tércio, com reuniões vistosas e alegres, conseguindo os primeiros aplausos ruidosos da tarde. Na muleta esteve discreto, sem ligação ao oponente que media cada passo que dava e enrolando algumas vezes o engano no novilho.
Quando se esperava que a história a cavalo melhorasse, e muito, a qualidade do espetáculo, Alexandre Gomes surgiu em praça e cedo tratou de desfazer tamanha esperança, se bem que tenha sido o melhor de toda a tarde, aquele quem mostrou melhores argumentos. O exemplar Conde Cabral não era muito incómodo mas a ferrangem de Alexandre Gomes, no geral resultou descaída. Terminou a lide com um violino sem um dos estribos, que foi arrancado pelo novilho numa violenta colhida.
Verónica Cabaço deixou dois bons compridos à tira ao exemplar Prudêncio. Sem trocar de montada passou para os curtos e destruiu todo o capital dos ferros anteriores. A montada apresentou-se demasiado nervosa, num galope frenético que ora se desviada do novilho, ora se negava ao confronto, tornando a lide penosa.
Cristina Marques teve pela frente o novilho Veiga Teixeira e também ela andou perdida em praça. Os compridos um desastre, pescados a grande distância, ficando o primeiro todo ele a cambalear no astado. Nos curtos, empregou demasiada velocidade por entre reuniões muito aliviadas e más colocações, factores ainda mais evidentes quando quis colocar um violino, que quase junto a tábuas foi emendado para outra coisa bem menos ortodoxa e com outra qualquer designação.
Glória para o Grupo de Forcados Amadores da Moita, que com três pegas à primeira encararam a novilhada como uma oportunidade de futuro para mais e melhores praças, dando o exemplo a todos os intervenientes, recebendo por isso os mais calorosos e generosos aplausos da tarde.