Noite de Forcados em São Cristóvão

A corrida de São Cristóvão, integrada nas suas festas anuais e cujas receitas revertiam a favor dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo, teve uma meia casa que preencheu a desmontável Ricardo Chibanga.

Numa noite de fria temperatura, contrastando com o tórrido calor que se fez sentir durante o dia, nenhum dos três cavaleiros saiu triunfador de São Cristovão, com apenas alguns ferros que se possam destacar das seis actuações, em especial as primeiras três da noite, pois para além da apresentação, o curro Gregório Oliveira apresentou um comportamento muito diferente do primeiro lote de cada um dos intervenientes, para o segundo.

Luís Rouxinol teve uma noite com duas lides marcadas pela irregularidade. Na primeira sofreu alguns toques de um oponente de comportamento sério. Cravou a ferragem com quiebros que nem sempre resultaram, conquistando a espaços as bancadas. No quarto da noite enfrentou um oponente muito reservado, que dificultou muito a lide e que obrigou a trabalho de sobra. Terminou com um par de bandarilhas, sofrendo um forte empurrão na reunião.

Ana Batista regressou às arenas após a colhida sofrida a 27 de Maio na Azambuja. Apresentou-se desenvolta e recomposta, efectuando uma boa actuação no primeiro do seu lote, bisco e nobre. Colocou o segundo e quarto curtos nos médios, após uma brega em que fixou sempre o toiro, estando sempre ligada com o oponente. No quarto exemplar da noite, enfrentou um manso com pouca mobilidade. A cavaleira de Salvaterra teve o mérito de nunca usar a quadrilha para bregar o oponente, tentando tudo para salvar a parca matéria-prima.

O terceito da noite era andarilho e adiantou-se nos compridos de Marcelo Mendes. Nos curtos, usou adornos para aquecer as bancadas, conquistando-as em definitivo com o par de bandarilhas com que terminou a lide. O último Gregório Oliveira da corrida era distraído e nunca humilhou. Além do uso em excesso da quadrilha, Marcelo Mendes pisou terrenos de compromisso no segundo e terceiro ferros curtos, recebendo barulhentos aplausos da desmontável Ricardo Chibanga.

Os Amadores de Montemor enviaram Pedro Borges para a cara do primeiro da corrida. Reuniu à barbela nos médios, numa viagem a direito para o grupo, que resolveu ao primeiro intento.

João Braga realizou uma excelente pega à segunda tentativa. O toiro partiu com pata, embateu de forma rija e ruidosa no forcado, que centésimas de segundo após reunir à barbela, já se encontrava de imediato à córnea, atravessando o grupo que prontamente apareceu para consumar.

Tiago Telles de Carvalho reuniu à córnea e suportou imensos e violentos derrotes, até o oponente o tentar despejar na arena. O grupo surgiu para consumar nova excelente pega ao primeiro intento.

Pelos Amadores de Vila Franca, Pedro Rodrigues pegou à terceira tentativa com as ajudas carregadas.

Bruno Casquinha foi à cara do quarto da corrida. Viu o oponente partir com pata, acoplou-se à córnea e um valoroso primeiro ajuda manteve-o na cara, até ao grupo que consumou uma boa pega ao primeiro intento.

João Matos fechou a corrida com uma boa pega à segunda tentativa. Reuniu de forma rija e bem audível à córnea e suportou a duríssima viagem até ao grupo.