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Bom Início de Temporada na Póvoa de Varzim

Os três jovens cavaleiros vieram ao Norte com vontade de afirmar a sua posição e demonstrar ao público o bom momento que atravessam.
09 de Julho de 2012 - 00:42h Crónica por: - Fonte: - Visto: 2228
Bom Início de Temporada na Póvoa de Varzim

O cartel da Terceira Grande Corrida dos Caçadores do Norte prometia competição e novidade, criando elevadas expectativas aos aficionados que se deslocaram à Monumental da Póvoa de Varzim. Assim teria sido certamente se a terna de cavaleiros tivesse tido por oponentes uns castro com capacidade para transmitirem maior emoção. Sem ela não há sucessos rotundos e, mesmo quando estão muito bem, as prestações dos ginetes perdem brilho.

Pouco mais de um quarto de casa lotado, fruto provável da crise e de uma data demasiado precoce para uma praça que enche à custa de veraneantes e emigrantes que, normalmente, só chegam na segunda quinzena de Julho. A praça da Póvoa tem todas as condições para receber três ou quatro corridas por temporada, mas é no final de Julho e no mês de Agosto que a cidade recebe a maioria dos turistas que permitem encher as bancadas da sua monumental.

Os três jovens cavaleiros vieram ao Norte com vontade de afirmar a sua posição e demonstrar ao público o bom momento que atravessam.

Pedro Salvador mostrou valor e vontade, deixando uma boa série de curtos no seu primeiro toiro, dos quais se distinguiu o último. No seu segundo toiro, mais colaborante do que o que abriu praça, cravou dois bons ferros compridos entusiasmando o público nos curtos citando de longe e com o cavalo a fazer bonitas levadas. Fez bem em não ceder à vontade do público que lhe pedia mais um ferro ao último do seu lote. Prestação digna e com momentos de muito valor.

Moura Caetano está a atravessar um grande momento e dispõe de grandes recursos na sua quadra, sem dúvida uma das melhores dos cavaleiros nacionais da qual se destacam Aramis, Xispa e Temperamento. Com cites de praça a praça, aguentado a investida do toiro pecando apenas por algumas reuniões pouco cingidas, escutou música logo ao segundo ferro comprido cravado ao primeiro do seu lote. Uma boa séries de curtos, aguentando as investidas, cravando com valor e verdade e recriando-se no remate das sortes. Terminou a lide com um ferro de palmo que não acrescentou nada à lide, mas entusiasmou o público. No quinto toiro da tarde, Moura Caetano, recorreu às duas estrelas da sua quadra, Aramis e Temperamento. Com o primeiro voltou a brilhar nos compridos, citando de largo, ladeando para a direita, aguentando até ao limite, carregando e batendo no limite de modo a deixar o toiro em sorte. Apesar de o toiro não se entregar, Moura Caetano cravou uma boa série de curtos deixando excelente ambiente nas bancadas da praça poveira.

Duarte Pinto, fiel ao seu estilo clássico, deixou a marca do seu bom toureio na arena da praça minhota, tendo sido dele os melhores ferros da tarde cravados ao último dos “castros”. Se a lide do primeiro toiro do lote de Duarte Pinto não teve história, no último do seu lote Pinto lidou irrepreensivelmente e cravou cinco ferros curtos de grande valor montado no Vigo, o baio com ferro da Quinta de Lagoalva, que permitiu ao cavaleiro de Paço de Arcos colocar a emoção que faltava ao toiro.

Boa prestação dos forcados do Montijo e Alcochete que, à excepção do primeiro toiro consumaram as respectivas pegas à primeira tentativa.

Os castros cumpriram, não dificultaram, estavam bem apresentados e bonitos, no caso do primeiro e do quinto até gordos de mais, mas não transmitiram, não trouxeram emoção, condição essencial do toureiro. Se os tivessem feito a música tinha sido outra e a corrida podia ter sido um marco na temporada.

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