Paulo J. Santos Triunfa em Barrancos
01 de Abril de 2012 - 12:59h | Crónica por: Sérgio Lavado - Fonte: - Visto: 6434 |
Foi com o céu coberto de nuvens e as bancadas a 1/3 que a praça de toiros de Barrancos recebeu o tradicional festival integrado na Expo Barrancos. Ao reudo saíram quatro novilhos marcados com o ferro de Couto de Fornilhos que, regra geral, se mostraram colaboradores e voluntariosos. As lides estavam a cargo de Pedro Salvador, Paulo J. Santos, Marcelo Mendes e Miguel Tavares. Envergavam as jaquetas o Real Grupo de Forcados Amadores de Moura e os Académicos de Elvas.
Abriu praça Pedro Salvador que recebeu um cardeno bragado, nascido no ano 2010. Este primeiro Couto de Fornilhos até mostrou qualidades na ferragem comprida mas rapidamente deu a batalha por vencida e procurou refúgio junto das trincheiras. Salvador deu-lhe a lide própria de um manso sem mobilidade, encurtou distâncias e apostou nos quiebros, conseguindo com isso imprimir algo mais de emoção às reuniões.
O segundo da tarde, outro cardeno bragado nascido em 2010, viria a revelar-se o melhor do encerro. Sempre pendente das montadas, este Couto de Fornilhos tomava a iniciativa no desenhar das sortes e proporcionava reuniões emotivas, colaborando do primeiro ao último instante da lide. Frente a ele, Paulo J. Santos esboçou a melhor actuação da tarde. Colocando o toiro em sorte sempre com grande maestria, Santos templou as reuniões com acerto e cravou, ao quiebro, “en todo lo alto”. Adornou com alegria e das bancadas as palmas saíram com facilidade. Triunfo redondo.
Marcelo Mendes recebeu o terceiro do curro, um negro bragado nascido no ano 2010. Este Fornilhos saiu com “chispa” mas foi perdendo mobilidade e entrega com o desenrolar da lide. Com esta “matéria prima” por diante, Mendes apresentou algumas dificuldades em templar o momento da reunião e a lide foi aos poucos arrefecendo. Das bancadas os aplausos teimaram em sair.
Fechou a tarde Miguel Tavares, que lhe tocou em sorte mais um negro também ele nascido no ano 2010. A atuação do jovem começou da pior forma, sofrendo uma aparatosa colhida após cravar o primeiro comprido, mas com nervos de aço, Miguel deu a volta por cima e conseguiu levar a bom termo esta sua passagem por Barrancos. Com mais presença que os seus irmãos de camada, este Couto de Fornilhos também se mostrou colaborador, durando até ao final da correta lide de Tavares.
Pelo Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, Márcio Zeferino partiu para a cara do primeiro da tarde, consumando sem dificuldades ao primeiro intento. José Luis Batista teve pela frente o terceiro Fornilhos do encerro que apenas permitiu que a sorte se consumasse ao segundo encontro.
Pelos Académicos de Elvas, foi chamado à cara do segundo da tarde Joaquim Guerra que consumou a sesgo ao sexto intento, depois de dobrar Eduardo Belfo, que saiu lesionado. Ao cair do pano assistiu-se à melhor pega da tarde, por Paulo Barradas Maurício que consumou à primeira numa pega duríssima carregada de derrotes violentos.