Sevilha, toureando descalço na arena...
15 de Maio de 2011 - 13:25h | Crónica por: José Ferreira - Fonte: - Visto: 1994 |
Sevilha, toureando descalço na arena…
Na última corrida sevilhana, Cayetano fez jus á sua genética e á sua arte de “toureria” ou não fora ele herdeiro da arte, brio e garbo do grande “ Paquirri”.
Com uma praça cheia, os “tendidos” cravavam os olhares na figura e desempenho de Rivera Ordoñez, “sacando fotos“, engolindo a fama e orgulho do próprio toureiro.
Desde as galerias “La Duquesa“ e outras senhoras, apreciavam o desempenho do neto de António Ordoñez e “sobrino nieto” de “Dominguín”, grandes figuras de todas as épocas.
Elegante, sério e determinado, levou outro “arrojado” ao capote e à muleta, caindo nesta, talvez a melhor parte da sua faena.
Não fora a primeira estocada ter falhado o sítio, só conseguido á segunda tentativa o golpe mortal, teria por certo, cortado uma orelha ou quiçá mesmo conseguido a porta príncipe.
Com a sua boa colocação, utilizando uma técnica precisa, lançou com o capote uma série de “gaoneras” , auspiciando aí, desde logo, uma lide de valor e de estética.
Olhou o toiro, distante e sentado no estribo e esperou em vão, depois buscou o lugar certo para tentar a sua sorte, talvez tenham sido estes breves segundos, os que desviaram a trajectória da sua espada e, consequentemente, o prémio desejado.